Segundo uma carta dos moradores que organizam o protesto, os habitantes contestam as “múltiplas zonas de estacionamento tarifado e o pagamento do estacionamento em cada uma delas”, que vão ser implementadas na freguesia dos Olivais pela Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL).

Fernando Bárbara e Carlos Lourenço, representantes do grupo de moradores que organizou o protesto marcado para sexta-feira, às 18 horas, consideram que os problemas existentes no estacionamento na freguesia se devem à “grande falta de lugares para os moradores”.

Uma das razões apresentadas pelos representantes do grupo de moradores para a falta de lugares de estacionamento nasceu com a privatização da ANA – Aeroportos de Portugal.

“Os trabalhadores do aeroporto não têm sítio onde estacionar no aeroporto e vão estacionando ao longo da freguesia”, realçou Fernando Bárbara.

“A vinda da EMEL para os Olivais, por si só, não resolve os problemas existentes no estacionamento na freguesia e trará para a população mais prejuízos do que benefícios”, argumentam.

Carlos Lourenço acredita que “os prejuízos serão tanto para moradores como para o comércio local, já deficitário, que irá sofrer um abrandamento, e os comerciantes terão ainda de pagar 25 euros mensais, o que dá um total de 300 euros anuais”.

Fernando Bárbara explica que “o que a presidente da junta de freguesia prometeu foi a não introdução da EMEL nos Olivais, a menos que os habitantes a aceitassem”, embora tenham sido “apresentadas outras alternativas que não avançaram”.

Os moradores acreditam que uma solução para a atenuação dos problemas existentes no estacionamento na freguesia passa pela “criação de novos parques de estacionamento e melhoramento dos transportes públicos, por exemplo, e não a introdução da EMEL”.

A freguesia dos Olivais “foi dividida em dez áreas de tarifação”, o que leva a que os habitantes tenham “de pagar ainda mais” quando se deslocam entre diferentes zonas.

A introdução do estacionamento tarifado, segundo Fernando Bárbara, pode ser feita “a qualquer momento”, uma vez que “estava previsto iniciar-se em março, mas não foram ativados os parquímetros e os lugares de estacionamento já estão marcados no chão”.

Para o protesto de sexta-feira, junto à sede da junta de freguesia dos Olivais, os organizadores não sabem quantas pessoas poderão estar presentes, mas “o descontentamento é grande”.

A medida de introdução de estacionamento tarifado na freguesia dos Olivais foi anunciada em maio de 2018 pela junta de freguesia e pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), tal como aconteceu noutras freguesias do concelho.

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