"No nosso entender, o país e os portugueses estão bem melhor do que estavam em novembro de 2015, por altura em que o Governo do PS iniciou funções com o apoio de uma nova maioria parlamentar de esquerda", disse, em entrevista à agência Lusa.
O deputado socialista elogiou os "bons resultados" dos "três pilares desta governação": devolução de rendimentos, coesão social e consolidação das contas públicas e do sistema financeiro.
João Paulo Correia enumerou as diversas medidas tomadas naquelas áreas, como a descida do IRS sobre os rendimentos do trabalho, a eliminação dos cortes salariais e nas pensões e o aumento do salário mínimo nacional, "que se conta que também aconteça no próximo ano", mas também "o reinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, na escola pública, o aumento do abono de família, a eliminação dos cortes no subsídio de desemprego e o aumento extraordinário, "ano após ano das pensões mais baixas".
"A consolidação das contas públicas e do sistema financeiro, que tinha problemas graves em novembro de 2015, foram resolvidos, em que se destaca o êxito da recapitalização pública da Caixa Geral de Depósitos, que ajudou a operar essa consolidação do sistema financeiro", sublinhou.
Segundo o "vice" de Carlos César, a confiança gerada fez com que a economia portuguesa crescesse "ano após ano, até ultrapassando as melhores previsões do Governo", algo que terá também conquistado "a confiança das instituições europeias e dos agentes económicos, de quem o país precisa para prosseguir a sua linha de crescimento", existindo um saldo de "satisfação de dever cumprido" nestes "dois anos e meio de governação".
"É evidente que sobrarão sempre problemas por resolver. Temos de ser justos na avaliação e comparar o momento atual - julho de 2018 com novembro de 2015 - e a evolução do país e famílias e até agora e a nossa avaliação é extremamente positiva. Olhando para o futuro, para o último ano desta legislatura, temos um orçamento do Estado pela frente onde o grupo parlamentar do PS dará o seu contributo, sempre em diálogo com os parceiros da maioria parlamentar e o Governo, onde esperamos que seja mantida, reforçada, esta linha governativa", continuou.
Entre as prioridades, João Paulo Correia elencou políticas de habitação, continuidade no combate à precariedade e no reinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, escola pública, transportes, especialmente a ferrovia, e também apoios estatais ao investimento para os negócios das empresas.
"Tudo isto levará, certamente, a um maior crescimento económico, uma maior criação de emprego, que tem batido recordes ano após ano, e à descida da taxa de desemprego, que é fundamental, um dos objetivos maiores desta governação", assegurou.
O debate sobre o estado da nação, com intervenção inicial do primeiro-ministro, tem lugar numa das 10 últimas reuniões plenárias de cada sessão legislativa, seguindo-se pedidos de esclarecimentos dos diversos partidos e o período de discussão generalizada antes do encerramento, que cabe novamente ao Governo, numa reunião magna com perto de quatro horas de duração prevista.
Comentários