“Foi declarado o estado de emergência de proteção civil no município de Volos (…) na região da Tessália, a fim de responder às necessidades de emergência e gerir as consequências da poluição marinha que ocorreu no Golfo Pagástico”, anunciou o secretário-geral da Proteção Civil do Ministério das Alterações Climáticas, Vassilis Papageorgiou, citado pela Agência de Notícias de Atenas (ANA).
Esta é a segunda catástrofe ambiental que atinge o porto de Volos, localizado a 330 quilómetros a norte de Atenas, após as inundações que atingiram a região da Tessália no ano passado.
Estas inundações encheram um lago vizinho que tinha sido drenado em 1962 para combater a malária, aumentando-o para três vezes o seu tamanho normal.
“Após as tempestades Daniel e Elias, no outono passado, cerca de 20.000 hectares de planícies da Tessália foram inundados e os peixes de água doce foram transportados pelos rios para o mar”, explicou à ANA Dimitris Klaudatos, professor de Agricultura e Ambiente na Universidade da Tessália.
Desde então, as águas do lago baixaram consideravelmente, obrigando os peixes de água doce a dirigirem-se para o porto de Volos, que desagua no Golfo Pagástico e no Mar Egeu, onde não conseguem sobreviver.
Só na terça-feira, as autoridades retiraram 57 toneladas de peixes mortos que se encontravam nas praias perto de Volos.
De acordo com a associação de proprietários de restaurantes locais, o número de turistas na região já caiu quase 80% desde as cheias do ano passado.
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