De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público, divulgada hoje pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), a 30 de setembro de 2016, o emprego no setor das administrações públicas situava-se em 655.503 postos de trabalho, mostrando uma quebra de 9,9% face a 31 de dezembro de 2011 (correspondente a uma redução de 71.670 postos de trabalho).

A administração central é o subsetor que revela a maior diminuição de emprego face ao final de 2011, com uma redução de 52.523 pontos de trabalho, que traduzem, em termos percentuais, uma quebra de 9,5%.

Já em comparação com o final do trimestre anterior (30 de junho), os dados da DGAEP indicam que o emprego nas administrações públicas caiu em 3.659 postos de trabalho (-0,5%) no terceiro trimestre deste ano, em resultado da redução do número de trabalhadores da administração central (menos 3.529 correspondente a uma quebra de 0,7%).

Os Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apresentam o maior contributo para esta quebra de emprego (menos 3.243 postos de trabalho no total) “refletindo a atividade do início do ano letivo 2016/2017, com o processo de colocação de docentes contratados nos estabelecimentos de educação e ensino básico, secundário e de ensino superior, ainda geralmente incompleto no final do mês de setembro”, justifica a DGAEP.

No entanto, numa comparação com o período homólogo de 2015, registou-se um aumento do emprego em 1% entre 01 de janeiro e 30 de setembro, correspondente a mais 6.319 postos de trabalho.

A 30 de setembro de 2016, o emprego por subsetores nas administrações públicas apresentava uma estrutura igual à do final de 2015, com 76,1% dos trabalhadores em entidades da administração central, 16,8% na administração local e 5,6% na administração regional autónoma.

Com um peso na população total de 6,4%, o emprego no setor das administrações públicas representava, a 30 de setembro último, cerca de 12,6% da população ativa e de 14,1% da população empregada.

A 30 de setembro deste anos, em cada dez trabalhadores das administrações públicas, seis eram mulheres, representando 15,4% da população ativa.

Quanto ao valor da remuneração média mensal dos trabalhadores a tempo completo nas administrações públicas, este era de 1.440,1 euros, correspondendo a uma variação global média de 0,6% face ao mês de referência do trimestre anterior (abril).