Os países que reconhecerem a legitimidade de Juan Guaidó de dirigir a Venezuela devem “desconectar os seus sistemas financeiros com o regime de Maduro e permitir que os ativos pertencentes ao povo venezuelano sejam canalizados para os gestores legítimos desse Estado”, afirmou o chefe da diplomacia norte-americana, após abandonar a reunião do Conselho de Segurança, sem assistir à tomada de palavra do seu homólogo venezuelano, Jorge Arreza, também presente na reunião.

Em declarações na reunião do Conselho de Segurança, Mike Pompeo pediu hoje aos membros da ONU para se colocarem “ao lado das forças da liberdade” na Venezuela lideradas pelo presidente do parlamento, Juan Guaidó.

“Não testem a nossa determinação”, disse também o chefe da diplomacia norte-americana, ao comentar a intenção do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de expulsar os diplomatas dos Estados Unidos do país.

Para Pompeo, Nicolás Maduro dirige um “Estado mafioso ilegítimo”.

A Rússia começou por tentar bloquear a reunião do Conselho de Segurança sobre a situação na Venezuela, que decorre em Nova Iorque.

O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, acusou “os Estados Unidos e os seus aliados de quererem depor o Presidente” da Venezuela, negando ao Conselho de Segurança o direito de discutir a situação no país.

O diplomata russo denunciou a tentativa de um “golpe de Estado” e defendeu que a crise na Venezuela releva de uma “situação interna”.

Na sua resposta, Mike Pompeo sublinhou que “o regime de Nicolás Maduro reprime o seu povo” há anos. Milhares de venezuelanos fugiram do país, destabilizando a região, acrescentou.