“Estamos a fazer de tudo para garantir que a vida retorna à normalidade”, sublinhou fonte da instituição.
“Pemba já esta saturada e o que estamos a fazer é criar condições para que as pessoas possam continuar” no distrito, referiu.
Segundo a mesma fonte, trata-se de um trabalho conjunto com as Forças de Defesa e Segurança (FDS), que têm vindo a assegurar condições de segurança na vila, abrindo ao mesmo tempo circulação segura com Quitunda, Afungi e outros locais.
A zona de Quitunda e do projeto de gás (espaço contíguos, construídos de raz), na península de Afungi, localizam-se seis quilómetros a sul da vila atacada a 24 de março por grupos armados que provocaram um número ainda indeterminado de mortes.
De acordo com o INGD, assistência alimentar está a ser enviada por via marítima para apoiar cerca de 30.000 pessoas que continuam escondidas no distrito, após relatos de fome – nomeadamente entre quem continua às portas do empreendimento de gás, que a petrolífera Total deixou há uma semana.
O INGD avançou na segunda-feira que a assistência humanitária ao referido grupo de deslocados está avaliada em cerca de 41 milhões de meticais (cerca de 522 mil euros) para os próximos 30 dias, sendo prioridade alimentos, medicamentos e assistência médica e psicossocial.
Enquanto houve voos humanitários e navios a sair da área do projeto de gás para Pemba, cerca de 3.600 pessoas chegaram à capital provincial, parte delas agora separadas de familiares que não têm forma de sair de Afungi.
Muitas separações persistem, a avaliar por testemunhos ouvidos pela Lusa nestes 16 dias e de acordo com relatórios de agências humanitárias.
No entanto, o INGD realça que das cerca de 3.600 pessoas que chegaram a Pemba, só 270 ficaram sem qualquer amparo familiar ou de amigos, estando por isso abrigadas em centro de acolhimento temporário.
A Lusa tem procurado esclarecimentos junto da Total e das Nações Unidas sobre o apoio às pessoas refugiadas na península de Afungi desde que a petrolífera abandonou o local, mas sem respostas.
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