Agências das Nações Unidas anunciaram hoje a chegada de ajuda humanitária a Palma, vila do gás em Cabo Delgado, pela primeira vez depois do ataque rebelde de que foi alvo em março e que fez um número ainda hoje incerto de vítimas.
Deslocados de Palma, no norte de Moçambique, pensam em regressar a casa, mas queixam-se da falta de meios para viajar e voltar a mudar de vida, meio ano depois de fugirem da guerra que fustiga Cabo Delgado.
Barcos artesanais cheios de gente que foge de Palma, norte de Moçambique, estão a chegar a Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, numa viagem por mar a que nem todos sobrevivem, segundo testemunhos.
As Forças governamentais moçambicanas abateram 41 "insurgentes" entre 28 e 30 de março, na sequência dos confrontos que se seguiram ao ataque rebelde do dia 24 à vila de Palma, disse hoje à Lusa um porta-voz militar.
O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) de Moçambique assegurou hoje à Lusa que "tudo" está a ser feito para garantir um regresso à "normalidade" no distrito de Palma.
A Tanzânia repeliu cerca de 600 deslocados moçambicanos, sobreviventes do ataque jihadista a Palma, no norte de Moçambique, em 24 de março, denunciou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique anunciou hoje que cerca de 30 mil pessoas que continuam escondidas no distrito de Palma precisam de apoio urgente para os próximos 30 dias.
Um total de 3.591 pessoas que fugiram ao ataque a Palma, norte de Moçambique, foram recebidas em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, anunciou hoje o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD).
As Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas assumiram "completamente" o controlo de Palma, alvo de ataques por grupos armados há 11 dias, disse hoje o porta-voz do Teatro Operacional Norte, Chongo Vidigal, falando a partir da vila.
Cerca de 9.900 pessoas, quase metade crianças, deslocadas de Palma devido à violência nesta vila de Cabo Delgado, em Moçambique, chegaram desde 24 de março aos distritos de Nangade, Mueda, Montepuez e Pemba, anunciaram hoje as Nações Unidas.
Mais de 9.000 pessoas fugiram da Vila de Palma, no norte de Moçambique, desde o ataque de grupos 'jihadistas', no dia 24 de março, relatou hoje o gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse hoje estar "extremamente alarmado pelos trágicos acontecimentos" em Palma, no norte de Moçambique, anunciando estarem previstas missões em áreas remotas.
Os trabalhadores da empresa portuguesa Construções Gabriel Couto, envolvida em duas empreitadas no projeto da Total em Palma, "estão todos a salvo e já foram retirados de barco" da região, disse hoje à Lusa fonte da companhia.
Um navio com cerca de mil deslocados de Palma que desde quarta-feira pedem ajuda na península de Afungi é esperado entre hoje e quarta-feira em Pemba, disse à Lusa fonte da petrolífera Total.
A situação humanitária no distrito de Palma, província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é "extremamente preocupante", considera o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), num relatório de atualização divulgado hoje.
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou hoje "veementemente" os ataques ocorridos em Palma, Moçambique, desde 24 de março e mostrou-se disponível para "proteger os civis, restaurar a estabilidade e levar os autores" dos "atos hediondos à justiça".
O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou hoje o controlo da vila de Palma, no extremo norte de Moçambique, que foi atacada por insurgentes na quarta-feira da semana passada.
Dezenas de civis, incluindo sete pessoas que tentavam fugir do principal hotel de Palma, norte de Moçambique, foram mortos pelo grupo armado que atacou a vila na quarta-feira, disse hoje o Ministério da Defesa moçambicano.