Num encontro alargado do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD, que decorre hoje em Lisboa, Luís Montenegro salientou que este trabalho de preparação do programa e construção de alternativas começou “há quase um ano”.
“Este trabalho não esteve à espera das eleições e não fomos apanhados desprevenidos. Sem falsas modéstias ou desrespeito para com os nossos adversários, nós estamos mais preparados do que quaisquer outros para poder governar Portugal”, considerou.
Num auditório com centenas de pessoas inscritas no CEN – militantes do PSD e não militantes -, Montenegro voltou também a passar a mensagem de que o voto útil nas legislativas antecipadas de 10 de março será no PSD e contestou a ideia que o seu líder não tem equipa.
“Perguntam tantas vezes onde é que está a equipa do PSD, quem acompanha o presidente nesta caminhada? A equipa está atrás de mim, é grande em quantidade e enorme em qualidade”, disse, referindo-se aos 25 coordenadores das áreas temáticas do CEN, uma equipa paritária e na maioria independentes.
Aos que pedem “pessoas com mais notoriedade” e “com presenças anteriores em governos”, o líder do PSD disse que também as tem na sua equipa “como tem ficado claro e vai continuar a ficar”, mas deixou uma palavra de confiança na “nova geração” que tem estado na base da preparação do programa eleitoral do PSD.
Montenegro elencou as várias propostas já apresentadas pela sua liderança, como um programa de emergência social logo no verão de 2022, “quando o Governo ainda estava a olhar para o ar e a pensar que o ciclo inflacionista era transitório”.
Depois disso, acrescentou, foram apresentados programas na área da educação, da habitação dos idosos, e dos impostos.
“Não descobrimos agora porque ia haver eleições – pelo menos eleições europeias - que era preciso baixar os impostos, estamos desde a primeira hora nesse combate”, disse.
Em matéria de habitação, Montenegro considerou que “a vitória do PSD nas próximas eleições” vai trazer “previsibilidade ao mercado para que construa mais e se possa conter a escalada dos preços” e comprometeu-se a incluir as prioridades que apresentou para o Orçamento do Estado para 2024 num Retificativo que apresentará, se for Governo.
Entre prioridades do PSD, incluiu ainda “uma vida política cada vez mais transparente, que possa erradicar a corrupção política, económica e financeira”.
Antes, o presidente do CEN, Pedro Duarte, já tinha vincado a mensagem da preparação do PSD para a governação e, em particular, do seu líder.
“Acompanhei todas as lideranças do PSD desde o professor Cavaco Silva até hoje (…), posso dizer com toda a certeza, com toda a convicção, Luís Montenegro é hoje a pessoa mais bem preparada para exercer as funções de primeiro-ministro no momento em que se candidata”, disse.
O antigo líder da JSD diz que o líder do PSD tem, além da preparação, “uma ideia muito disruptiva para Portugal”: “Tem a obsessão de entregar, quando deixar de ser primeiro-ministro daqui a 8 ou 12 anos, um país diferente, na primeira linha europeia e sem deixar ninguém para trás”.
À sessão de abertura do CEN assistiu também a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, além de muitos dirigentes e deputados do partido.
Tal como tinha acontecido no Congresso do PSD, no passado sábado, antes de Luís Montenegro discursar ouviu-se a música “Don’t Stop Believing” (em português, não deixem de acreditar), dos JOourney.
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