"Estes mamíferos marinhos têm um repertório vocal surpreendentemente diversificado e em constante evolução", e criaram quase 200 canções durante três anos, refere o estudo.
Muitos animais utilizam sons para comunicar e apresentam dotes musicais bastante originais, mas as Baleias-da-Gronelândia são compositoras e intérpretes com um repertório de canções "complexas" e de "grande variedade".
Segundo as gravações realizadas entre 2010 e 2014 no estreito de Fram, no leste da Groenlândia, estes animais produziram 184 tipos de canções distintas.
"Se o canto das baleias Jubarte parece música clássica, o das Baleias-da-Groenlândia parece jazz", assinala Kate Stafford, da Universidade de Washington, principal autora do estudo. "O som é mais livre", constata a investigadora, acrescentando que a cada ano renovam o seu repertório.
Segundo os investigadores, as Baleias-da-Groenlândia cantam no inverno, quando o sol nunca sai e o gelo cobre entre 95% e 100% do mar.
Falta descobrir por que é que seu repertório varia constantemente e se esta capacidade é exclusiva dos machos, como ocorre com as baleias Jubarte.
As Baleias-da-Groenlândia — caçadas desde o século XVI — dividem-se em quatro grupos em função de onde habitam. A população do Atlântico Norte, alvo do estudo, está em risco de extinção e reduzida a apenas 200 indivíduos.
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