Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros que decidiu novas medidas para conter a pandemia, o primeiro-ministro fez um conjunto de recomendações para época natalícia, além de anunciar as regras que foram determinadas. E, para melhor dar o exemplo, contou como vai passar o seu Natal.

António Costa confidenciou que hoje mesmo tinha combinado com o irmão que “ainda não era este ano” que iriam juntar as duas famílias à ceia de Natal.

“Passarei o Natal com a minha mulher, o meu filho e a minha nora, a minha mãe e o meu padrasto. Somos seis pessoas e tomaremos todos os cuidados. Teremos as janelas de forma a arejar, de máscara sempre que for necessário”, exemplificou.

O primeiro-ministro lamentou ainda o facto de não poder ir estar com a sua filha, uma vez que esta se encontra em isolamento.

“Ao meu irmão e aos meus sobrinhos desejei-lhes um bom Natal. Como o Natal é quando um homem quiser, havemos de nos encontrar um dia, mas ainda não vai ser neste dia 25”, concluiu.

Neste sentido, o primeiro-ministro apelou aos portugueses para que contenham “o mais possível as celebrações natalícias no seu núcleo familiar”, avisando que “este ainda não é o novo Natal normal das nossas vidas”.

“Apelava às famílias que procurassem evitar que a celebração natalícia envolva muitas pessoas e em grande regime de família alargada. Este ainda não é o novo Natal normal das nossas vidas e por isso apelo a todos que possam conter o mais possível as celebrações natalícias no seu núcleo familiar”, pediu.

António Costa insistiu “na necessidade de todos se testarem” antes de se juntarem para a consoada ou para os almoços de Natal.

“Pelo menos que ninguém deixe de fazer um daqueles autotestes, todos os que puderem que façam um teste antigénio na farmácia, os que puderem façam mesmo um teste PCR, porque cada um destes níveis aumenta a certeza de que estaremos em segurança no Natal”, pediu.

Assim, estas são as medidas em vigor na época festiva que se aproxima:

  • Testes gratuitos nas farmácias passam de 4 a 6, por pessoa, em todo o Portugal continental.
  • Redução de lotação em todos os espaços comerciais: 1 pessoa / 5 m².
  • Antecipação do período de contenção a partir da meia-noite de 25 de dezembro:
    • teletrabalho obrigatório;
    • encerramento de discotecas e bares;
    • encerramento de creches e ATL;
  • Teste negativo obrigatório para acesso a:
    • estabelecimentos turísticos e alojamento local;
    • casamentos e batizados;
    • eventos corporativos;
    • espetáculos culturais;
    • recintos desportivos, salvo decisão da DGS.
  • Para o período de Natal e Ano Novo (24 e 25, 30, 31 de dezembro e 1 de janeiro):
    • teste negativo obrigatório para acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano;
    • proibição de ajuntamentos na via pública de mais de 10 pessoas na passagem de ano;
    • proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública.

Mas porquê estas mudanças nesta fase? Segundo o primeiro-ministro, o Governo optou por reforçar as medidas de combate à pandemia da covid-19 para prevenir já os efeitos da nova variante Ómicron, evitando ser forçado mais tarde a remediar.

Em relação à nova variante Ómicron, António Costa considerou que há já um dado seguro: a nova variante “é muitíssimo mais transmissível” do que a anterior, a Delta.

“Significa isto que o risco de transmissão é, obviamente, um risco maior do que tínhamos anteriormente. Por outro lado, parece que a severidade da doença não sofre agravamento”, assinalou.

Por tudo isto, que o Natal e o Ano Novo aconteçam em modo festivo — mas com todos os cuidados, como tem vindo a lembrar também a DGS.

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