“Sobre a questão de saber se o apoio dos Estados Unidos a Israel pode ou não afetar o apoio norte-americano à Ucrânia, não prevemos qualquer problema”, disse Julianne Smith aos jornalistas.

“Penso que os Estados Unidos poderão manter-se concentrados na nossa parceria e no nosso compromisso com a segurança de Israel e manter os nossos compromissos e a nossa promessa de continuar a apoiar a Ucrânia”, sublinhou a embaixadora, na véspera de um Conselho de Ministros da Defesa da Aliança Atlântica.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou que os navios de guerra norte-americanos se aproximassem da costa de Israel para apoiar o país, na sequência do ataque do Hamas no sábado, que causou a morte de centenas de israelitas.

As preocupações giram em torno da continuação da ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia, depois de o compromisso alcançado no Congresso para evitar a paralisação do orçamento dos EUA ter deixado de fora uma nova promessa de ajuda a Kiev.

A saída do líder republicano da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, complica ainda mais a situação.

Questionado sobre o impacto da demissão de Kevin McCarthy na ajuda a Kiev, o Presidente Biden admitiu na semana passada que a situação o preocupava.

O Presidente estima que são necessários 24 mil milhões de dólares (cerca de 22,6 mil milhões de euros) para continuar a apoiar o esforço de guerra ucraniano.

Os principais países que apoiam o esforço de guerra ucraniano, incluindo os Estados Unidos, reúnem-se em Bruxelas na quarta-feira para fazer o balanço das entregas de armas e das necessidades de Kiev para a continuação da sua contraofensiva e para o fornecimento de equipamento antiaéreo antes do inverno.

No ano passado, a Rússia atacou as infraestruturas ucranianas durante várias semanas, privando repetidamente a população de eletricidade e aquecimento.

“Penso que a ênfase vai ser colocada na defesa aérea e nas munições, mas não tenho dúvidas de que os ucranianos vão fazer uma grande variedade de outros pedidos”, acrescentou o embaixador americano.

Só os Estados Unidos são responsáveis por metade da ajuda militar fornecida à Ucrânia, sendo o resto proveniente de outros países membros da NATO.