Os novos números sugerem que houve um aumento dramático de mulheres grávidas com zika, já que o CDC registrou 110 casos confirmados até 11 de maio. A entidade ressalta, no entanto, que não há como comparar os dados, visto que foi usado um sistema diferente para registrar os novos casos. "Ambos os sistemas incluem mulheres grávidas que tenham algum exame de laboratório indicando uma possível infecção pelo vírus zika, com ou sem sintomas", explicou Denise Hamieson, da equipa de resposta ao zika do CDC.
O novo sistema de observação garante, segundo Margaret Honein, do departamento de deficiências de nascença e do desenvolvimento do CDC, que está a ser feito acompanhamento "a todas as mulheres grávidas que podem correr o risco de ter problemas associados ao zika".
O zika desencadeou uma onda de preocupação internacional pelos casos de microcefalia, malformação grave e irreversível em bebés nascidos de mães infectadas com o vírus. O último surto de zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, ocorreu na América Latina em 2015 e espalhou-se rapidamente por toda a região.
O Brasil é o país mais afetado, com cerca de 1,5 milhão de infectados e mais de 1.300 casos confirmados de microcefalia. O vírus, que também pode ser transmitido sexualmente, pode causar, ainda, transtornos neurológicos como a síndrome de Guillain-Barré, doença que provoca paralisia e pode levar à morte.
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