"O que muda teremos oportunidade de ver na ação do novo Presidente. Penso que hoje é o dia de respeitar a decisão que foi tomada pelo povo americano, em liberdade e em democracia, e saudar os resultados. Em democracia, os resultados têm sempre de ser respeitados", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas.
Antes de uma reunião com a CGTP-IN, na sede da central sindical, em Lisboa, a líder centrista afirmou que "Portugal e os Estados Unidos certamente continuarão a relacionar-se enquanto estados autónomos e independentes e democracias maduras, que têm áreas e convergências de interesse, como todos as questões que têm a ver com o Atlântico".
"Há um aspeto que é importante realçar, que nos levou a todos a alguma surpresa, que é o aspeto das sondagens. Nós vimos estas semanas todas, múltiplas sondagens dizer que Hillary Clinton ia vencer, não foi o que aconteceu. Em matéria do ‘Brexit', na véspera, apesar de mais renhidas, apontavam também para um resultado que não se verificou", sustentou.
"No CDS já estamos habituados a dar pouca importância às sondagens, mas a verdade é que elas influenciam o voto das pessoas", declarou.
Ainda sobre as repercussões da eleição de Donald Trump, mas nas relações com a Europa, Cristas reiterou que é preciso "aguardar com serenidade": "Obviamente há temas importantes para a Europa, desde logo o famoso TTIPP, vamos ver se terão algum progresso ou não", acrescentou.
"Na nossa perspetiva, trabalharemos ou devemos continuar a trabalhar no sentido de ter economias abertas, que possam criar valor reciprocamente, num mundo que é globalizado, que certamente precisa de regulação, certamente que precisa de conter excessos", declarou.
A presidente do CDS disse que não gostaria de fazer mais comentários ao conteúdo das políticas propostas por Trump, considerando que este é o tempo de "olhar para este resultado [das eleições], de o respeitar, e esperar o que daqui vai resultar".
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, o polémico multimilionário Donald Trump, venceu as eleições, derrotando, contra o que previam as sondagens, a adversária democrata, Hillary Clinton.
Trump obteve mais do que os 270 votos necessários no colégio eleitoral (de um total de 538) para ganhar as presidenciais dos Estados Unidos.
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