O programa malicioso afetou uma ampla gama de aparelhos, incluindo routers, câmeras, gravadores de vídeo e dispositivos de armazenamento conectados à internet, formando uma "botnet", ou rede de computadores infectados com software malicioso, conforme comunicado do governo dos EUA.
"Os dispositivos da 'botnet' foram infectados por hackers patrocinados pelo Estado da República Popular da China (RPC), que trabalhavam para a Integrity Technology Group, uma empresa com sede em Pequim, conhecida no setor privado como 'Flax Typhoon'", diz a nota.
Numa operação aprovada pela justiça, as autoridades americanas "tomaram o controlo da infraestrutura informática" e desativaram a rede maliciosa, acrescentou o comunicado.
Diversos países, especialmente os Estados Unidos, têm expressado preocupação nos últimos anos com o que consideram ser uma atividade coordenada de ciberespionagem apoiada pelo governo chinês, direcionada contra as suas administrações, forças armadas e empresas, algo que Pequim nega.
Em fevereiro, Washington afirmou ter desmantelado outra rede de hackers conhecida como "Volt Typhoon", que visava infraestruturas-chave do setor público, como estações de tratamento de água e sistemas de transporte, a mando da China.
A "Volt Typhoon" estava ativa desde meados de 2021 e também tinha como alvo dezenas de agências governamentais de Taiwan, com o possível objetivo de espionagem, segundo concluiu a Microsoft em um relatório de agosto de 2023.
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