"Estamos profundamente preocupados com os relatos de execuções sumárias e desaparecimentos forçados de antigas forças de segurança afegãs, como documentado pela Human Rights Watch e outros", lê-se no comunicado emitido pelo Departamento de Estado norte-americano.

Além dos Estados, os signatários do comunicado são Austrália, Bélgica, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha, Suécia, Suíça, Ucrânia e Reino Unido.

"Sublinhamos que as alegadas ações constituem graves violações dos direitos humanos e violam a amnistia anunciada pelos Talibã", disse o grupo de aliados, apelando à nova liderança afegã para assegurar que a amnistia seja implementada e "mantida em todo o país e em todas as suas fileiras".

Esta semana, a ONG Human Rights Watch divulgou um relatório que dizia documentar "assassinatos ou desaparecimentos de 47 ex-membros das Forças de Segurança Nacional afegãs que se renderam ou foram detidos pelas forças talibãs entre 15 de agosto e 31 de outubro".

"As vítimas incluem pessoal militar, polícia, agentes dos serviços secretos e milícias", disse HRW.

Para Washington e os seus aliados, "os casos comunicados devem ser investigados de forma rápida e transparente, os responsáveis devem ser responsabilizados, e estas medidas devem ser claramente anunciadas para agir como um dissuasor imediato de mais mortes e desaparecimentos.

Os Talibãs tomaram o poder no Afeganistão em agosto, quando o governo apoiado pelos EUA em Cabul e os militares do país entraram em colapso.

Funcionários norte-americanos reuniram-se com as autoridades afegãs no início desta semana e exortaram o movimento islamista a proporcionar o acesso à educação às mulheres e raparigas de todo o país.