A ministra conselheira da embaixada dos EUA em Lisboa, Kristin Kane, divulgou nas últimas semanas um vídeo com um apelo ao voto aos norte-americanos com residência em Portugal, dizendo-lhes que nunca como agora foi tão fácil aos eleitores no estrangeiro exercer o direito de escolha à distância.
Para as eleições presidenciais dos EUA, marcadas para terça-feira, mais de 80 milhões de pessoas votaram antecipadamente, por correio ou presencialmente, batendo um recorde de afluência que sobe as estimativas para que a abstenção seja a mais baixa de sempre na história recente dos Estados Unidos.
Com a pandemia a levar muitos eleitores a votar antecipadamente, as autoridades norte-americanas tentaram agilizar o modo de votação por correspondência, beneficiando também os cidadãos que vivem no estrangeiro, alargando prazos de votação e facilitando a forma de inscrição.
No vídeo de apelo ao exercício de voto, Kristin Kane apela ao voto e diz que houve um esforço do seu Governo por tornar o exercício de democracia fora de fronteiras mais fácil, para as presidenciais.
“O ano de 2020 tem sido difícil, sobretudo por causa da pandemia de covid-19, que nos afeta a todos. Mas votar não precisa de ser um problema. Na realidade, nunca foi tão fácil, graças ao Programa Federal de Assistência ao Voto”, explica Kane, no vídeo divulgado junto da comunidade de cidadãos norte-americanos a viver em Portugal.
Este programa montou uma operação para facilitar o envio de votos, num ano eleitoral em que muitos norte-americanos escolhem votar antecipadamente, por causa da pandemia.
Aos eleitores, basta registarem-se para voto antecipado e pedir o voto de ausência, através de um formulário especial para cidadãos norte-americanos a viver no estrangeiro, podendo enviar o seu voto por carta, embora alguns Estados aceitem o envio por fax ou mesmo por correio eletrónico (embora possam pedir mais tarde o comprovativo em papel).
Os eleitores enviam o voto para o Estado em que viviam antes da sua ausência para o estrangeiro ou, no caso de nunca terem vivido nos Estados Unidos, o local de voto será o Estado em que vivam os seus familiares mais próximos.
Todos os votos devem ser enviados por correspondência (física ou eletrónica), não havendo em Portugal um posto de deposição de votos, embora seja possível depositar o boletim de voto à distância na embaixada dos Estados Unidos em Lisboa (para serem reenviados para os centros de recolha de votos antecipados).
A embaixada dos EUA em Lisboa disse à Lusa que estima que vivam em Portugal cerca de 26.000 norte-americanos, embora não tenha dados rigorosos sobre o número de eleitores ativos (já que alguns são menores de idade).
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