Citando funcionários da administração dos EUA envolvidos no documento, que deve ser apresentado no final do mês, o jornal The New York Times adiantou hoje que a maioria dos fenómenos avistados, nos últimos anos, por pilotos militares dos EUA continua sem uma explicação definitiva.
O Pentágono divulgou, em 2020, imagens de vídeo de 2004 e 2015 captadas por pilotos da Marinha norte-americana, que mostram encontros com o que parecem ser OVNI.
Após décadas de sigilo sobre este assunto, o Congresso ordenou, em 2020, à administração norte-americana que informasse o público em geral sobre as atividades da unidade do Pentágono responsável pelo estudo desses fenómenos, que está a cargo da Marinha dos Estados Unidos.
Segundo a agência noticiosa France-Presse, o relatório do Director of National Intelligence (DNI) conclui com certeza que a grande maioria dos mais de 120 incidentes reportados não está relacionada com tecnologias testadas pelos militares dos Estados Unidos, de acordo com funcionários citados pelo The New York Times.
Essa é, porém, a única conclusão definitiva do documento, que não exclui categoricamente a possibilidade de que sejam aeronaves de origem extraterrestre, de acordo com funcionários citados pela cadeia de televisão CNN sob anonimato.
Algumas dessas fontes admitiram ainda ao jornal norte-americano que o facto de parte do relatório permanecer classificado como um segredo da Defesa pode alimentar especulações sobre informações secretas do Governo dos EUA sobre a existência de extraterrestres.
A capacidade de aceleração e de mudança de direção dos objetos filmados pelos pilotos permanece como de difícil explicação, com os serviços de inteligência norte-americanos, segundo uma das fontes do The New York Times, a temerem que a China ou a Rússia estejam a testar tecnologias hipersónicas, que se movem a uma velocidade 10 ou até 20 vezes maior que a do som.
Para encorajar os pilotos a relatarem as aparições sem receio de serem ridicularizados, o Pentágono estabeleceu um protocolo para que os seus militares não designem as observações como "objetos voadores não identificados", mas como "fenómenos aéreos não identificados".
O objetivo é que os especialistas militares e dos serviços de inteligência tenham o maior número possível de imagens à sua disposição para poderem ser analisadas.
"Quantos mais dados recolhemos, mais podemos reduzir a lacuna entre identificados e não identificados e mais podemos evitar surpresas estratégicas em termos de tecnologias adversárias", adiantou a porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Susan Gough.
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