“Moscovo prossegue a sua operação aérea de apoio à luta antiterrorista das Forças Armadas sírias”, disse aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

“Tomámos infelizmente nota do caráter não construtivo da retórica de Washington nos últimos dias”, acrescentou.

Na quarta-feira, o chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, disse que os Estados Unidos deixarão de cooperar com a Rússia na Síria se Moscovo não suspender os bombardeamentos contra a cidade de Alepo (norte).

No mesmo dia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou que o bombardeamento dos dois principais hospitais daquela cidade constitui “crime de guerra”, e o chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, anunciou ter proposto à ONU uma resolução para um cessar-fogo.

“Moscovo mantém o seu interesse na cooperação com Washington tanto para a aplicação dos acordos como para aumentar a eficácia da luta contra o terrorismo na Síria”, disse Peskov.

“Mas Moscovo também espera que as obrigações que Washington aceitou assumir serão respeitadas. Até ao momento, não foram”, acrescentou.

Os Estados Unidos e a Rússia lideram os esforços internacionais para pôr termo à guerra iniciada na Síria há cinco anos e, a 9 de setembro, acordaram num cessar-fogo, ao abrigo do qual Moscovo devia obter de Bashar al-Assad o fim dos bombardeamentos contra civis e Washington pressionar os rebeldes a distanciar-se dos ‘jihadistas’.

O cessar-fogo não perdurou, com acusações mútuas de responsabilidade.

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