O anúncio foi feito após a aprovação, esta semana, da criação de uma comissão bipartidária para investigar o ataque ao Capitólio dos EUA – em 06 de janeiro, por apoiantes do ex-Presidente Donald Trump – após acordo com o líder da minoria republicana na Câmara, Kevin McCarthy.
McCarthy tinha dito, na quarta-feira, que nenhum dos cinco membros republicanos da Câmara que tinham sido nomeados por Pelosi aceitariam fazer parte da comissão, após a decisão da líder democrata de rejeitar a nomeação de dois elementos fortes defensores de Trump.
Questionada hoje, durante uma entrevista ao canal televisivo ABC, sobre as suas intenções de nomear outros republicanos, incluindo Adam Kinzinger – crítico do ex-Presidente e que votou a favor do segundo processo de destituição de Trump -, Nancy Pelosi respondeu que é isso precisamente que tenciona fazer.
“Ele e outros republicanos expressaram interesse em servir, na comissão”, disse Pelosi sobre a escolha de Kinzinger.
No início de julho, os democratas já tinham escolhido para esta comissão a republicana Liz Cheney, forte crítica de Donald Trump, um dos únicos dois membros eleitos do partido conservador a ter votado a favor da criação desta comissão.
“Os responsáveis por este ataque devem ser responsabilizados e esta comissão especial responderá de uma forma profissional, rápida e imparcial”, garantiu Pelosi, nessa altura.
A primeira audiência desta comissão, com competência para convocar testemunhas e exigir documentos, está marcada para terça-feira, depois de a sua criação ter sido aprovada em final de junho, apesar dos votos contra da minoria republicana.
Os republicanos justificaram a sua decisão dizendo que as investigações parlamentares já em andamento e o trabalho da polícia são suficientes para apurar responsabilidades sobre o ataque ao Capitólio, em que morreram cinco pessoas.
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