“Acreditamos que todas as partes envolvidas devem encontrar urgentemente uma forma de pôr cobro à crise”, acrescentou Kirby em declarações aos jornalistas na Casa Branca.
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, começa domingo uma digressão a países do norte de África e do Médio Oriente, que se inicia no Egito, seguindo-se Israel e, depois, a Cisjordânia, num contexto de violência renovada na região.
O exército israelita lançou vários ataques à Faixa de Gaza, na Cisjordânia ocupada, em resposta, argumenta, aos mísseis lançados quinta-feira a partir de território palestiniano.
Os palestinianos, por sua vez, lançaram mísseis também como resposta à incursão israelita ao campo de refugiados de Jenin, que causou pelo menos nove mortos.
“Estamos obviamente cientes dos desafios de segurança que Israel enfrenta diariamente”, disse John Kirby.
A Autoridade Palestiniana afirmou hoje que pelo menos dez palestinianos foram mortos em operações israelitas esta madrugada na Cisjordânia e Gaza, a última das quais descrita por Israel como uma resposta aos ataques do movimento palestiniano Hamas.
Esta é a sequência mais mortífera no conflito israelo-palestiniano desde agosto de 2022, quando um surto de violência entre o exército israelita e a Jihad Islâmica em Gaza, matou pelo menos 49 palestinianos, incluindo combatentes, mas também civis, em três dias.
O exército israelita anunciou hoje que estava a realizar ataques na Faixa de Gaza em resposta ao disparo de foguetes a partir do enclave palestiniano. Nesta fase, não foram relatadas quaisquer baixas.
Na quinta-feira, nove palestinianos foram mortos em Jenin, num ataque israelita apresentado pelo exército como uma operação contra ativistas islâmicos no campo de refugiados nesta cidade do norte da Cisjordânia ocupada.
A Autoridade Palestiniana denunciou “um massacre” e anunciou o fim da cooperação em matéria de segurança com Israel, pela primeira vez desde 2020.
A viagem de Blinken a Israel ocorre uma semana após a do conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, que garantiu ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o apoio dos EUA.
Os sucessivos encontros ressaltam a importância para Washington de voltar a aproximar-se de Netanyahu, que agora lidera o Governo israelita mais à direita de sempre.
As relações de Netanyahu com a administração de Joe Biden estiveram tensas, sobretudo por causa do caso nuclear iraniano.
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