As empresas, que supostamente violaram a lei que as impede de cobrar preços exorbitantes pelos combustíveis durante uma catástrofe natural, arriscam multas de até 20.000 dólares (17.186 euros), bem como o reembolso dos afetados, afirmou na segunda-feira a divisão de proteção ao consumidor do procurador-geral do Texas, o republicano Ken Paxton.
Todos os casos envolvem denúncias de consumidores contra estações de serviço que supostamente cobraram 3,99 dólares (3,4 euros) ou mais por um galão (3,78 litros) de gasolina sem chumbo ou diesel, o dobro do preço habitual destes combustíveis.
“No início do Harvey deixei claro que o meu gabinete não ia tolerar a extorsão de texanos vulneráveis por parte de indivíduos ou empresas que procurassem tirar proveito do furacão”, assinalou o procurador-geral no mesmo documento, citado pela agência de notícias Efe.
O gabinete do procurador-geral do Texas já processou, em meados de setembro, uma empresa hoteleira e duas proprietárias de estações de serviço por inflacionarem os preços durante a catástrofe natural.
No entanto, desta feita, Paxton decidiu “dar aos 127 presumíveis delinquentes a oportunidade de resolverem estes problemas antes de arriscarem possíveis ações judiciais” por violarem a lei estatal, de acordo com o mesmo comunicado.
Durante o desastre, a divisão de proteção ao consumidor recebeu aproximadamente 5.500 queixas relacionadas com o aumento de preços, com fotografias e recibos anexadas como prova das irregularidades.
A passagem do Harvey pelo sudeste do Texas fez 88 mortes e dezenas de milhares de deslocados, após tocar terra na localidade costeira de Rockport, tendo causado inundações sem precedentes em Houston, a quarta maior cidade dos Estados Unidos.
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