De acordo com fontes governamentais norte-americanas, a operação — que será anunciada durante o discurso do Estado da União esta noite em Washington (madrugada de sexta-feira em Portugal) – não exigirá que tropas dos EUA estejam no terreno para construir o cais que se destina a permitir mais desembarques de alimentos, medicamentos e outros artigos essenciais para a Faixa de Gaza.

A medida procura aumentar a dinâmica de ajuda humanitária que tem sido colocada no terreno, quando os Estados Unidos tiveram de contornar Israel, o seu principal aliado no Médio Oriente, e encontrar formas de auxiliar os civis vítimas de bombardeamentos israelitas.

Biden referiu-se a esta ideia pela primeira vez na semana passada, quando mencionou a hipótese de estabelecer um corredor marítimo, explicando que os EUA estavam a trabalhar com aliados sobre a forma de fornecer assistência a Gaza.

O general Erik Kurilla, chefe do Comando Central dos EUA, disse ao Senado que tinha informado a Casa Branca sobre essa opção marítima.

Já hoje, os EUA realizaram o terceiro lançamento aéreo de ajuda humanitária na parte norte de Gaza, onde não há presença israelita.

Ao fim de cinco meses de confrontos entre Israel e o grupo islamita Hamas, o conflito deixou em ruínas grande parte da Faixa de Gaza e conduziu ao agravamento da catástrofe humanitária.

Muitos palestinianos, especialmente no norte, lutam por alimentos para sobreviver. Grupos de ajuda humanitária afirmaram que se tornou quase impossível entregar suprimentos na maior parte de Gaza devido à dificuldade de coordenação com os militares israelitas.