“Estes resultados da eleição presidencial devem ser ainda avaliados com a maior precaução. Em boa verdade, o presidente eleito, Donald Trump, ao longo da campanha eleitoral proferiu afirmações num sentido e no seu contrário”, afirmou Carlos César aos jornalistas, em Ponta Delgada, Açores.
Carlos César considerou que, o “seu próprio discurso, depois de consumada a sua eleição, não é convergente com boa parte dos discursos que fez ao longo da campanha eleitoral e, portanto, a grande nota para já é de imprevisibilidade”.
“Por isso, o que se deve acautelar e o que se deve aconselhar à diplomacia europeia, à diplomacia portuguesa e aos governos é o de termos exatamente o cuidado na interpretação daquilo que essa Presidência nova nos Estados Unidos poderá fazer no próximo futuro”, declarou.
Para o também presidente do PS, “esse cuidado deve visar salvaguardar uma relação que é estratégica, que é essencial no plano internacional e que pode e deve ser cuidada do ponto de vista dos interesses portugueses, em particular na vertente Atlântica.
Carlos César, que foi presidente do Governo Regional dos Açores, acrescentou que “os Estados Unidos são, indiscutivelmente, um parceiro económico, político, estratégico da União Europeia em geral, do país em particular e da Região Autónoma dos Açores para os interesses que estão em presença, no caso da base das Lajes”, na ilha Terceira.
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, venceu as eleições, derrotando, contra o que previam as sondagens, a adversária democrata, Hillary Clinton.
No discurso de vitória, Donald Trump disse que será o Presidente de todos os americanos e que é hora de os norte-americanos curarem as feridas da divisão e se juntarem "como um povo unido".
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