Em causa estão as notícias avançadas pelo site Político e o jornal Expresso com base numa denúncia feita por uma assistente parlamentar do gabinete de Maria João Rodrigues contra si.
Numa declaração escrita enviada à Lusa, Maria João Rodrigues lamenta “que esta assistente nunca tenha explicitado divergências de entendimento numa conversa franca, como é próprio duma equipa”.
“Confrontada com o teor da queixa apresentada contra mim, fui convidada a apresentar a minha versão dos factos. Aguardo com tranquilidade a conclusão da investigação na instância parlamentar competente”, indica.
A eurodeputada admite ter contactado a funcionária fora do horário do trabalho, mas garante que as relações laborais que estabelece são “baseadas no respeito e confiança mútuos”, bem como na alta motivação e empenho dos funcionários.
“O ritmo de trabalho no meu gabinete parlamentar é o ritmo próprio de um gabinete envolvido em processos complexos e intensos, nomeadamente quando se assume funções de liderança num grupo parlamentar de mais de 180 deputados”, explica.
Segundo Maria João Rodrigues, esta assistente, que tinha entre as suas funções a gestão da agenda e viagens, alega que não foi rigorosamente respeitado o seu horário de trabalho, uma vez que terá sido contactada fora desse horário.
“Sim, confirmo que o fiz quando me encontrei perante contratempos relacionados com essas mesmas viagens, e com o intuito de para eles encontrar soluções”, explica.
Quanto às licenças de maternidade e de doença que a funcionária pediu por 20 meses, Maria João Rodrigues diz fazer questão de dizer que as respeitou “integralmente”, tendo reorganizado a sua equipa para esse efeito.
“Acrescento, ainda, que a assistente manteve a totalidade do seu salário ao longo deste período”, disse.
De acordo com a eurodeputada do PS, estes casos de divergências quanto aos deveres profissionais são frequentes.
“O que já não é frequente é serem tratados na esfera pública e antes de serem concluídos na respetiva instância competente. A razão pela qual este caso está a vir para a esfera pública é porque se pretende influenciar a composição das listas de deputados às próximas eleições europeias”, considera.
O jornal Expresso diz ter contactado com fontes que pediram o anonimato e que descreveram que no ambiente no gabinete de Maria João Rodrigues existe “uma sensação de medo e de humilhação permanentes”, descrevendo acessos de fúria constantes e injustificados, pressões, ameaças de represálias.
A eurodeputada considera estas informações apresentadas no semanário “incorretas, distorcidas e caluniosas”.
“Deveriam ter sido confirmadas com outros colaboradores meus”, lamenta.
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