Estes nomes constam da proposta aprovada esta noite pelo plenário distrital do Porto, à qual a agência Lusa teve acesso, que seguirá agora para Mesa Nacional do BE, que tem poder para decidir o primeiro quinto dos candidatos nos círculos com mais de três deputados.
Marisa Matias, 47 anos, é socióloga e atualmente cumpre o terceiro mandato como eurodeputada pelo Bloco de Esquerda, partido pelo qual também já foi candidata à Câmara de Coimbra, cidade onde nasceu.
A dirigente do BE também já protagonizou duas candidaturas à Presidência da República, em 2016 e 2021.
Nas últimas eleições, em janeiro de 2022, a lista do BE pelo Porto foi encabeçada pela então coordenadora Catarina Martins, que deixou a liderança do partido em maio — foi substituída por Mariana Mortágua — e o parlamento em setembro, ao fim de 14 anos como deputada.
No início da atual sessão legislativa, Catarina Martins foi substituída por Isabel Pires, que já tinha sido deputada na anterior legislatura.
Nas últimas eleições legislativas, o BE elegeu dois deputados pelo Porto: Catarina Martins e o sociólogo José Soeiro, que se mantém na bancada.
Da lista hoje aprovada fazem ainda parte Ana Isabel Silva, em quarto lugar, seguindo-se Adriano Campos, Pedro Faria, Maria Manuel Rola e Carla Quintas.
Na semana passada, o BE já tinha aprovado os primeiros nomes da lista por Lisboa, que será encabeçada pela coordenadora Mariana Mortágua, seguida por Fabian Figueiredo e por Jorge Costa, que regressa após não se ter candidatado nas últimas eleições.
Nas eleições antecipadas de 2022, convocadas na sequência da dissolução da Assembleia da República depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 também pelo voto contra dos bloquistas, o partido teve o pior resultado dos últimos 20 anos: apenas cinco deputados, 4,40% (244.596 votos) e a quinta força política em percentagem de votos (se a conta for feita em deputados passam mesmo a ser o sexto partido).
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinou na quinta-feira o decreto de demissão do Governo (que entrou em vigor na sexta-feira), um mês depois de o primeiro-ministro ter apresentado a sua demissão ao chefe de Estado, em 07 de novembro, que a aceitou de imediato e, consecutivamente, decidiu dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas antecipadas para 10 de março.
O primeiro-ministro, António Costa, apresentou a sua demissão ao Presidente da República em 07 de novembro, por causa de uma investigação judicial sobre a instalação de um centro de dados em Sines e negócios de lítio e hidrogénio, que levou o Ministério Público a instaurar um inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça em que é visado.
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