Depois de uma audição que durou cerca de duas horas e meia, os deputados ao Parlamento Europeu – instituição que deve ser consultada no processo de nomeação do presidente do BCE, mas sem parecer vinculativo - ‘aprovaram’, com 37 votos a favor, 11 contra e quatro abstenções, a personalidade escolhida pelos chefes de Estado e de Governo da UE para suceder do italiano Mario Draghi.
Na audição hoje realizada no Parlamento Europeu, em Bruxelas, Lagarde, designada para a liderança do BCE pelo Conselho Europeu em 02 de julho último, no quadro da distribuição dos altos cargos de topo no novo ciclo institucional da UE após as eleições europeia, elogiou o trabalho do seu antecessor e garantiu que seguirá “os mesmos princípios”, caso seja confirmada no cargo.
Lagarde disse que “os desafios que justificam a política atual do BCE não desapareceram”, pelo que pretende seguir uma “política acomodatícia”, com “agilidade”, para estimular a economia, mas defendeu que a política monetária não pode substituir as políticas orçamentais, nem ser sobrecarregada por estas.
O parecer de hoje da comissão de Assuntos Económicos e Monetários será votado pelo Parlamento Europeu na sessão de ‘rentrée’ a ter lugar em Estrasburgo, França, entre 16 e 19 de setembro.
Christine Lagarde, que já cessou as funções de diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), assumirá a presidência do BCE em 01 de novembro próximo, data que coincidirá com a entrada em funções da nova Comissão Europeia liderada pela alemã Ursula von der Leyen. Ambas tornam-se as primeiras mulheres a liderar as respetivas instituições.
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