“Parece-me bem para Portugal. Sempre que um português se candidata a um cargo de relevo nas instâncias internacionais, isso deve ser motivo de satisfação. Neste caso há uma preocupação conexa que é o modo como irá funcionar o Ministério das Finanças”, afirmou.
Pedro Santana Lopes falava no Fundão, distrito de Castelo Branco, onde participou num encontro com jovens.
Questionado à chegada pelos jornalistas sobre a candidatura de Mário Centeno, o candidato à liderança do PSD defendeu que tal é possível “graças à boa imagem” e “aos bons resultados de Portugal”, o que “decorre” não só do trabalho do atual Governo, como também do Governo anterior.
Ressalvando que o país “só tem a ganhar com o que vai acontecer”, Pedro Santana Lopes também se mostrou preocupado com os reflexos que a eventual vitória de Mário Centeno pode trazer para o funcionamento do Ministério das Finanças, por eventual falta de tempo do governante para os assuntos exclusivamente portugueses.
“Depois do primeiro-ministro, julgo que deve ser o membro do Governo sempre com a agenda mais preenchida - este ou qualquer ou qualquer outro ministro das Finanças - e, por isso, ainda o Eurogrupo com certeza que é muitíssimo complicado”, fundamentou.
Segundo considerou, caso Mário Centeno venha a exercer as funções de presidente do Eurogrupo também levará a “um comprometimento maior de Portugal com as posições de Bruxelas”, o que “não será uma boa notícia para os parceiros de coligação do PS”.
O ministro das Finanças português, Mário Centeno, é o candidato oficial dos socialistas europeus (PSE) ao cargo de presidente do Eurogrupo.
A eleição para a presidência do fórum de ministros das Finanças da zona euro decorrerá na próxima segunda-feira, em Bruxelas.
De acordo com o Conselho Europeu, a corrida à presidência do Eurogrupo terá outros três candidatos: Pierre Gramegna (Luxemburgo), Peter Kazimir (Eslováquia) e Dana Reizniece-Ozola (Letónia).
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