“Não nos apresentamos numa corrida de ‘soundbites’ e ataques pessoais. Apresentamos com um programa comum com os socialistas da Europa e do qual faz parte um novo contrato social na Europa”, afirmou o primeiro-ministro e líder socialista, António Costa, num almoço com militantes e com o cabeça-de-lista do PS às eleições europeias, em Matosinhos, distrito do Porto.
Costa destacou, no programa do PS para as europeias de maio, “uma forte agenda social que aposte e dê prioridade à educação para todos”, bem como “à formação profissional e ao longo da vida para todos os adultos”, de modo a “capacitar todas as pessoas para as tarefas e a economia de amanhã”.
Do programa eleitoral do PS para as Europeias faz ainda parte, segundo Costa, uma “agenda assente no crescimento e no emprego”.
“Uma agenda que não acredita que nada se faça fechando de novo as fronteiras”, frisou.
O PS “sabe que é investindo na cultura e na ciência que temos as bases da sociedade do conhecimento”, afirmou António Costa.
“É investindo aí que podemos ter um crescimento sustentado. A inovação foi o que permitiu recuperar os setores do têxtil, do calçado ou a indústria agroalimentar”, destacou.
O líder socialista notou que Portugal “está a conseguir crescer sustentado nas exportações e não nos baixos salários”.
“Estamos a crescer e não é porque temos os trabalhadores a ganhar menos”, sublinhou.
Do programa socialista faz também parte “uma agenda para a sustentabilidade”, para responder ao “desafio das alterações climáticas”.
“Não é algo que só tenha manifestações daqui a muitos anos. Já as sentimos hoje, com os incêndios ou ameaças de novas cheias. Temos de travar desde já esse combate, sendo essencial melhorar a eficiência energética e um novo modelo de mobilidade nas grandes áreas urbanas”, afirmou.
Costa notou que é isso que está a ser feito “no governo, nas autarquias e nas Áreas Metropolitanas”.
“Hoje, a Europa faz-se da governação a vários níveis, local, nacional e europeu. Temos de alinhar as políticas em todos estes níveis. A descentralização de competências em matéria de transportes foi decisiva. Temos de alinhar também a política europeia pelos mesmos objetivos”, defendeu.
Para isso, observou, é preciso que o PS tenha “força na Europa”, para esta “ter uma nova orientação política”.
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