"A retirada do ‘post' e o reconhecimento do erro resolvem a questão. O fundamental é que todos, crentes e não crentes, tenham total liberdade de voto", afirmou João Ferreira, após uma visita ao Mercado Municipal de Portimão.
Em causa uma mensagem colocada na rede social Facebook por parte do Patriarcado de Lisboa na qual, entre as forças políticas concorrentes às eleições europeias de 26 de maio, eram destacados a coligação Basta, Nós Cidadãos e CDS-PP como aquelas que se opõem à liberalização da eutanásia, das barrigas de aluguer e ou descriminalização do aborto.
"Estou certo de que as preocupações que a CDU tem vindo a expressar no plano da situação social, de resposta a situações de injustiça social, no plano da melhoria da distribuição de rendimentos, de promoção da igualdade, vai ao encontro das preocupações de muitos católicos e não católicos", disse o eurodeputado, repetindo que "a questão essencial está arrumada", com "a retirada do ‘post' e o reconhecimento do erro".
Na superfície comercial algarvia tradicional, João Ferreira foi trocando cumprimentos, apelando ao voto e entregando folhetos da candidatura aos comerciantes das frutas e hortaliças ao peixe, tendo ainda respondido à entrevista à Antena 1 por parte da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que afirmou que Portugal "não pode pescar a sardinha que não tem".
"A ministra anuncia uma perspetiva que não pode deixar de nos causar viva preocupação. O que está em causa é a própria sobrevivência e viabilidade do setor (frota do cerco e pesca da sardinha). Não conseguirá manter-se sem medidas que permitam fazer face às dificuldades de anos sucessivos de paragem da pesca vários meses e quotas muito a baixo do necessário", afirmou.
Segundo João Ferreira há "muito por fazer" na "alteração de regulamentos comunitários, que permitam apoio à renovação e modernização da frota pesqueira e a valorização comercial de outras espécies de pescado como carapau e cavala".
"Temos procurado, com a intervenção no Parlamento Europeu, introduzir alterações para haver apoios às paragens biológicas e aumentar os recursos da União Europeia para a aquisição de dados sobre o estado dos recursos", assegurou.
O eurodeputado comunista advogou "capacidade científica e técnica própria" do país para "conhecer os recursos e saber em que medida pode haver uma exploração sustentável", lamentando que instituições encarregadas dos estudos sobre os ‘stocks' de peixe no mar vivam "à míngua de recursos e de técnicos e investigadores", ou seja, sem "meios humanos e materiais suficientes para determinar pareceres sobre as possibilidades de pesca, assentes na realidade e não em cenários presumidos".
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