"Os direitos dos LGBT ainda não estão conquistados e sendo [Portugal] uma nação europeia, nós achamos que na legislação europeia dos vários países devia estar contemplado o casamento de pessoas do mesmo sexo, a adoção e coadoção", disse à agência Lusa o cabeça de lista do MAS, Vasco Santos, salientando que há vários países em que isso ainda não está contemplado.
O candidato disse que em Portugal e noutros países "é preciso garantir que a precariedade, que os LGBT acabam por sofrer mais, também acabe", para que duas pessoas possam ter condições para casamento, adoção ou coadoção.
Segundo Vasco Santos, a questão dos LGBT é uma das prioridades do MAS, juntamente com as questões das mulheres, dos migrantes e dos negros, que ainda sofrem de racismo "que também queremos combater".
O partido assenta o seu programa na defesa dos direitos das mulheres, migrantes, LGBT, negros e ciganos, "outra comunidade altamente perseguida neste país e que estão cá há 500 anos, são portugueses".
"Com o crescimento de partidos de extrema direita e partidos fascistas, o que se vê é o crescimento de um discurso de ódio contra os mais fragilizados: LGBT, mulheres, negros e ciganos, que são perseguidos em países como Roménia, Hungria, Itália, França e noutros países do mundo", frisou.
Para Vasco Santos, tem de existir um combate concertado contra "este discurso de ódio, assente em falácias e mentiras", já que a presença de migrantes na Europa é altamente residual.
"Não chega a 1% da população, como tal estamos a insuflar medos e a meter medos que não fazem sentido", sublinhou o candidato do MAS, apontando baterias ao combate firme à extrema-direita.
Organizada pela Plataforma Anti-Transfobia e Homofobia (PATH) de Coimbra e com o lema "ninguém larga a mão a ninguém", a marcha juntou várias centenas de participantes que saíram do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, atravessaram a Ponte de Santa Clara, o Largo da Portagem e as ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz até terminarem na Praça 08 de maio.
(Notícia corrigida às 12h34 de 18/05/2019 - Correção no título e no texto para esclarecer que a marcha contou com a participação do MAS, mas foi organizada por outra entidade)
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