Num jantar com militantes em Rio Maior, Santarém, Nuno Melo fez um discurso com muita política nacional, e com menos temas europeus, em que confessou sentir-se “envergonhado, enquanto português”, com a condecoração de Berardo, que disse, na sexta-feira, no parlamento, que não tem dívidas a bancos.
“Sugiro realmente que se medite sobre a ligeireza com que se condecoram pessoas em Portugal e, desde logo, que se reavalie esta condecoração a Joe Berardo. Quem pede milhões a bancos e depois, enquanto se ri, diz que não deve nada, ao mesmo tempo que os contribuintes em dificuldade pagam, não merece ser comendador de coisa nenhuma”, afirmou
“Não merece ser comendador de coisa nenhuma”, repetiu, depois de dar os exemplos de ex-presidente da PT Zeinal Bava, Armando Vara, antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos, Camilo Mortágua e Joe Berardo.
Estas condecorações foram decididas, em momentos diferentes, pelos ex-Presidentes Jorge Sampaio e Cavaco Silva.
Zeinal Bava, com a medalha do mérito comercial, provou, segundo Melo, que “destruir uma joia da coroa, a PT, compensa”.
O eurodeputado e candidato europeu centrista apontou ainda aos socialistas pelas centenas de nomeações feita pelo Governo de António Costa, mais de 3.200, “duas nomeações por dia”, “mais do que no tempo de José Sócrates”.
Ironizando com o argumento de “contas certas” usada pelo PS nesta campanha europeia, Melo contrapôs que estas números de nomeações “são as contas certas da colonização do Estado em plena II República”.
Pela segunda vez no dia, o CDS-PP, através de Nuno Melo, pediu uma resposta ao primeiro-ministro, António Costa, quanto à ameaça da empresa que gere o SIRESP de fechar as redes de comunicação de redundância elétricas e móveis, depois de a presidente do partido, Assunção Cristas, o ter feito à hora de almoço, em Tábua, Coimbra.
Passadas mais de 24 horas sobre o debate quinzenal, no parlamento, quando admitiu que pudessem existir informações “dentro de horas” nas negociações entre o Governo e o SIRESP, Melo declarou: “Passaram perto de 30 horas, o CDS quer essa resposta, o país precisa dessa resposta, faça o favor de dar essa resposta.”
E pelo segundo discurso consecutivo, o cabeça de lista dos centristas usou a fé como argumento, depois de pedir ajuda para o dia das eleições.
“Peço-vos, ajudem-nos. Vamos à luta, acreditem que o dia 26 pode correr bem. Nós somos gente de fé. Neste mês de maio tudo se conjuga. Acreditemos”, pediu.
(Notícia atualizada às 00h14 do dia 15/05/19)
Comentários