"Este é o tempo de avisarmos toda a gente de que a decisão que têm a tomar nestas eleições é entre avançar ou andar para trás. Avisar que todos os votos contam para eleger deputados que defendam os interesses nacionais. Andam para aí uns a dizer que querem ganhar as eleições, outros a dizer que querem ficar à frente deste ou daquele. Não é nada disto que está em causa nestas eleições", disse João Ferreira, após um almoço de campanha no Couço, concelho de Coruche, distrito de Santarém.

O eurodeputado comunista afirmou que "o que está em causa é eleger 21 deputados, 21 representantes do povo português".

"A decisão em causa é decidir quem se vai sentar nestes 21 lugares nos próximos cinco anos, sabendo que os três da CDU que lá tivemos nos últimos cinco anos levaram, como nenhuma outra força política, mais longe esta intenção de defesa dos trabalhadores, do povo e do país", continuou, reiterando que os representantes de PS, PSD e CDS-PP votaram sempre juntos contra o interesse nacional.

No discurso, o recandidato da CDU focou as questões da pobreza, baixos salários e, sobretudo, as pensões e o sistema da Segurança Social, defendendo o seu caráter público e mostrando-se contra qualquer intenção de privatização através de fundos.

"A responsabilidade última pelas situações de pobreza não radica, ao contrário do que alguns querem crer, nos próprios pobres. Radica na política de exploração e numa injusta distribuição da riqueza que é produzida. Não, os pobres não desejam a pobreza como forma de vida como alguns, cinicamente, chegam a sugerir para cultivar talvez a chamada caridadezinha", disse.

Para João Ferreira, "defender melhores salários hoje é defender melhores reformas e pensões amanhã".

O eurodeputado comunista declarou ser necessário "avançar mais" nos direitos das longas carreiras contributivas daqueles que "trabalharam uma vida inteira" e "fazer justiça a dezenas de milhares de trabalhadores que continuam à espera de respostas para as suas vidas", sublinhando a proposta da CDU do "direito à reforma sem penalizações para quem tenha 40 anos de trabalho e descontos para a Segurança Social independentemente da idade".

"O aumento da esperança média de vida deve ser encarado como um avanço de civilização. Ainda bem que as pessoas conseguem viver mais anos. Não pode ser o pretexto para obrigar as pessoas a trabalhar mais anos ou, como alguns querem, fazer acompanhar a esperança média de vida do aumento da idade da reforma, para fazer as pessoas, em média, trabalharem até morrer", afirmou.

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