“Se os últimos dias têm trazido – e eu parece-me que tenho estado suficientemente atento para o detetar – um ataque mais violento dos nossos adversários à sua campanha, cabe dizer que, quando é assim, essas críticas assentam-lhe como medalhas. Alguma coisa está a fazer bem na sua campanha e na sua afirmação política para os adversários reforçarem tanto o ataque pessoal e político ao nosso cabeça de lista”, afirmou, num almoço da campanha de Paulo Rangel, que reuniu cerca de 450 pessoas em Bicesse (Cascais).
O antigo primeiro-ministro apontou o cabeça de lista do PSD às europeias como “um candidato de confiança, um homem de palavra, que tem tido sobre a Europa a visão do PSD e a que interessa em Portugal”.
“É tempo para lembrar que os partidos na sua história e na sua tradição contam muito, mas as pessoas que escolhemos também são muito importantes, são elas que fazem a ligação entre o nosso ADN, o nosso passado e nosso compromisso para o futuro”, defendeu.
Passos disse que recebeu “com enorme contentamento” a notícia de que Paulo Rangel seria pela terceira vez a escolha do PSD para liderar a lista ao Parlamento Europeu.
“A primeira vez que foi cabeça de lista, o nosso resultado eleitoral foi francamente positivo (…) Não tenho dúvida que uma parte do resultado que alcançámos se deveu à sua dinâmica, à sua capacidade de afirmação política, ao seu espírito lutador”, afirmou, referindo-se à vitória nas europeias de 2009, quando Manuela Ferreira Leite era líder do partido.
O líder do PSD recordou ainda que, nos anos da ‘troika’, trabalhou de perto com Paulo Rangel, nem sempre concordaram, mas apontou ao eurodeputado “um grande espírito de lealdade ao partido”.
“Nós não queremos só ouvir aqueles que nos dizem que concordam. Às vezes, é muito importante saber ouvir os outros e isso ajudou aqui ou além a corrigir uma posição ou a reforçar argumentos”, disse.
Pegando num tema que tem sido central na campanha de Paul Rangel – os fundos europeus – Passos Coelho acusou os socialistas de terem “desperdiçado oportunidades e deixado tão relevante investimento por fazer com o apoio da União Europeia”.
“São exatamente os mesmos que agora querem ampliar recursos que não souberam utilizar nesses anos”, atacou.
Comentários