“Para cumprir nas metas europeias houve que fazer escolhas e uma das escolhas foi desinvestir e abandonar os transportes, não há passes sociais que iludam a realidade”, acusou Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas no final da viagem, ainda no comboio.

Sublinhando que a linha é uma das mais utilizadas no país, Rangel disse que o objetivo da viagem foi “chamar a atenção para o fracasso da ferrovia”, frisando que “quando havia fundos europeus para investir nestas matérias, o investimento público foi o mais baixo de sempre”

“Na área da ferrovia a execução é fraquíssima. E revela no fundo um governo incapaz de na área dos transportes”, disse Rangel, considerando que “o abandono a que a ferrovia foi votada é a grande herança e o grande legado de Pedro Marques e do PS”.

Paulo Rangel e a comitiva social-democrata apanharam o comboio das 12:00 para Carcavelos, no concelho de Cascais, e, durante o percurso, distribuiu os “postais” da candidatura e canetas aos passageiros, muitos dos quais turistas. Rangel não deixou de explicar o motivo do aparato na carruagem, percebendo que havia estrangeiros originários da Áustria, Canadá, França e do Brasil.

“We are in a campaign. European elections next Sunday” [Estamos em campanha, eleições europeias no próximo domingo], explicava o candidato, que ouviu “good luck”.

Em português, Rangel viu alguns dos seus “postais” e canetas “para votar” a serem recusados mas também alguns “obrigado, boa sorte”.

Atrás, os sempre presentes “jotas” tinham nova música para “embalar” o candidato, atacando o seu adversário, Pedro Marques: “Podes não saber dançar, muito menos discursar, andas toda a campanha a enganar, Fake Marques, Fake Marques, Fake Marques”.

Inspirados na música de Carlos Paião “Em playback” e durante a viagem, os jovens cantaram “Ferrovia, investimento, estradas podres sem cimento, hospitais sem orçamento”.