"Se conseguirmos convencer a Comissão [Europeia] que é importante apostar na criação dessa macrorregião ibérica que não existe, isso é uma solução [problemas do interior] e de facto temos que o fazer concertadamente com os outros partidos. Não vale a pena andarmos aqui a proclamar grandes coisas. A minha preocupação é o que vamos fazer para conseguir isso", afirmou Paulo Sande.

Em declarações aos jornalistas durante uma viagem de barco no rio Tejo, em Malpica do Tejo, distrito de Castelo Branco, o candidato do Aliança defendeu que é preciso ser objetivo e trabalhar em conjunto em Bruxelas.

"Isso eu apelo aos outros partidos. Já o fiz várias vezes, espero que haja essa capacidade. É absolutamente fundamental", defendeu.

O candidato da Aliança disse que o partido tem "uma proposta muito simples" e que tudo fará no próximo Parlamento Europeu para garantir que se encare a criação de uma macrorregião ibérica, "eventualmente nas bacias do Tejo Internacional ou do Guadiana, uma zona obviamente alargada um bocadinho como acontece com a macrorregião do Danúbio, por exemplo".

A desertificação é um problema que o candidato considerou "gravíssimo", sobretudo no interior do país.

"Portugal, neste momento, tem um problema gravíssimo que ainda por cima resulta da confluência de muitos problemas. Mas o maior de todo, talvez seja a desertificação do interior que é dramática para o país. Um país não pode estar tão desequilibrado como Portugal está. O problema não e só português. Espanha tem o mesmo problema, chamam-lhe a Espanha vazia", sublinha.

Paulo Sande defendeu que é preciso encontrar e propor soluções para "atacar verdadeiramente o problema".

"Nós falamos de coesão económica, falamos de coesão social, mas falamos muito de coesão territorial. E, a Europa tem a capacidade de nos ajudar e a Europa tem de facto esse objetivo, porque o desequilíbrio nestas várias vertentes e, sobretudo da dimensão territorial, é muito perigoso para a Europa, para o seu desenvolvimento e para o bem estar das suas populações", concluiu.