“Este novo contrato social que implementámos no país é a nossa proposta” para o PSE (Partido dos Socialistas Europeus), disse Pedro Marques no primeiro de dois dias em que os dirigentes desta formação transcontinental vão estar reunidos.
O cabeça de lista socialista acrescentou que espera que “este exemplo [português] possa ser implementado no resto da Europa”.
Para Pedro Marques ter as “contas certas foi um elemento essencial” nos últimos três anos de Governo do PS.
Contudo, acrescentou, as contas certas também foram um “instrumento” para implementar uma série de medidas que permitiram menos desigualdade e mais emprego, aumentar o salário mínimo, aumentar as pensões, entre outras medidas.
“Esta agenda é um regresso aos valores básicos do socialismo democrático europeu: governar para as pessoas para transformar positivamente a vida das pessoas”, disse Pedro Marques.
No discurso que fez, o candidato socialista alertou contra “os partidos populistas e nacionalistas de extrema-direita que ameaçam as democracias” e criticou os partidos que estão na outra grande família europeia, a do PPE (Partido Popular Europeu), por estarem a adotar “uma agenda extremista”.
Pedro Marques aproveitou para recordar que os portugueses PSD e CDS-PP integram essa família europeia, ao lado de formações como o Fidesz, um partido nacional-conservador populista de direita que governa a Hungria e “quer fechar as fronteiras da Europa”.
“Quando vemos os partidos de direita a criar alianças com partidos populistas e nacionalistas de extrema-direita para aceder ao poder, como vimos em Espanha, temos de tomar posição e lutar”, insistiu.
O PP (direita) e o Cidadãos (direita liberal) formaram um executivo regional da Andaluzia com o apoio parlamentar do Vox (extrema-direita), uma solução que muitos receiam que possa ser repetida a nível nacional.
O PSE vai apresentar no sábado o seu manifesto comum, “um novo contrato social para a Europa”, com o qual irá participar da campanha para as próximas eleições europeias.
Esse texto tem por base as resoluções aprovadas pelo congresso do PSE que decorreu em Lisboa, em dezembro.
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