As duas reuniões estão marcadas para as 21:00, a do PSD num hotel em Lisboa e a do CDS-PP na sede do partido, também na capital.
Nas legislativas, a coligação – que integra também o PPM - apareceu nos boletins de voto como “Aliança Democrática”, seguido das siglas dos partidos que a integravam. No dia das eleições, o PSD apelou à Comissão Nacional de Eleições para emitir uma mensagem a alertar para as semelhanças de nome com a Alternativa Democrática Nacional, sem sucesso.
Agora, para as europeias de 09 de junho, a coligação entre os três partidos aparecerá nos boletins como “AD – ALIANÇA DEMOCRÁTICA”.
A Comissão Política Nacional do PSD reunir-se-á durante o dia, já que, segundo os estatutos, é deste órgão que sairá a proposta a apresentar ao Conselho Nacional.
Ainda não é oficialmente conhecido o cabeça de lista da AD – com o nome do atual presidente da Câmara do Porto Rui Moreira a ser apontado como o mais provável por vários órgãos de comunicação social -, mas já se sabe que apenas uma das eleitas do PSD em 2019 poderá repetir-se como candidata a eurodeputada: Lídia Pereira, recentemente eleita vice-presidente do Partido Popular Europeu, e que foi há quatro anos a “número dois”, numa aposta do então presidente do PSD, Rui Rio.
O cabeça de lista pelo PSD em 2009, 2014 e 2019, Paulo Rangel, é atualmente ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, e outros três eleitos sociais-democratas há cinco anos deixaram também o Parlamento Europeu para integrarem o XXIV Governo Constitucional: José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas, Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, e Cláudia Aguiar, secretária de Estado das Pescas.
Já Álvaro Amaro, eleito em 2019, renunciou ao mandato de eurodeputado em 07 de julho do ano passado, após ter sido condenado pelo Tribunal da Guarda a uma pena suspensa de três anos e meio, por prevaricação, sentença da qual anunciou a intenção de recorrer.
Do lado do CDS-PP, também o eurodeputado e presidente do partido, Nuno Melo, integra agora o Governo como ministro da Defesa Nacional. De acordo com várias fontes ouvidas pela Lusa, o CDS deverá indicar o quarto nome da lista da AD, que será provavelmente uma mulher.
Nas últimas eleições europeias, em junho de 2019, o PSD concorreu sozinho e teve o seu pior resultado de sempre, menos de 22% dos votos, e elegeu seis eurodeputados. Já o CDS-PP foi a quinta força política, com 6,2%, e um lugar no Parlamento Europeu.
O Conselho Nacional do PSD tem ainda na ordem de trabalhos a análise da situação política, a homologação dos Estatutos aprovados no 40.º Congresso Nacional e a votação de proposta de Regulamento Interno do Conselho Nacional (para o adaptar aos novos estatutos).
Num Congresso extraordinário realizado a 25 de novembro, o PSD aprovou a proposta de revisão estatutária da direção, que prevê, por exemplo, uma quota máxima para a direção na escolha de candidatos a deputados (até dois terços do total).
A criação de um regulamento ético para todas as listas do partido, a aplicação de regras da paridade nos órgãos internos e a realização de uma convenção pré-congresso sempre que haja mais do que um candidato às eleições diretas para presidente do PSD são outras das alterações agora aprovadas.
Passa também a ficar consagrado nos estatutos um período único para eleições de distritais e concelhias e deixa de ser obrigatório ter a quota em dia para se eleger o presidente do PSD, sendo apenas necessário ser militante ativo (ter uma quota paga nos últimos dois anos), e introduz-se a possibilidade do voto eletrónico nas eleições internas, entre muitas outras alterações.
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