A notícia de que a ‘rainha da pop’ iria atuar na final do concurso já circulava há várias semanas, mas só hoje foi confirmada oficialmente.

De acordo com a KAN, numa notícia publicada hoje no 'site' oficial da estação, Madonna irá atuar na final, prevendo-se que aproveite a ocasião para apresentar duas músicas, uma das quais do próximo álbum.

Em 2018, quando completou 60 anos, Madonna disse, numa entrevista à revista italiana Vogue que a temporada recente em Lisboa a influenciou no processo criativo do próximo álbum.

"Conheci imensos músicos maravilhosos e acabei por trabalhar com muitos deles no meu novo disco, por isso, sim, Lisboa influenciou a música e o meu trabalho. Como não influenciar? Não sei como é que eu teria passado este ano sem ter conhecido toda esta cultura", disse a cantora norte-americana na entrevista.

Madonna tem estado a viver em Portugal há mais de um ano, para acompanhar o percurso desportivo de um dos filhos adotivos, jogador do Benfica.

Sem revelar especificamente em quem participa no novo álbum, Madonna tem vindo a divulgar na Internet, em particular na rede social Instagram, informações relacionadas com artistas portugueses que conheceu nos meses em que tem estado a viver em Lisboa, como Dino d'Santiago, Celeste Rodrigues, Ricardo Toscano, Gaspar Varela e as Batiqueiras de Cabo Verde.

O último álbum de originais de Madonna remonta já a 2015, quando lançou "Rebel Heart".

Este ano, o Festival Eurovisão da Canção decorre em Israel e é organizado pela União Europeia de Radiodifusão (EBU, sigla em inglês) em parceria com a KAN.

Israel acolhe o concurso, depois de o ter vencido, pela quarta vez, no ano passado com o tema “Toy”, interpretado por Netta.

O Festival Eurovisão da Canção é disputado este ano por 41 países. Portugal é representado por Conan Osíris, com o tema “Telemóveis”, que irá atuar na primeira semifinal, marcada para 14 de maio.

A segunda semifinal decorre a 16 de maio e a final a 18 de maio.

Várias organizações de todo o mundo têm apelado ao boicote à edição deste ano do Festival Eurovisão da Canção, por realizar-se em Israel.

Em janeiro, mais de 60 organizações, a maioria de defesa dos direitos LGBTQIA, de vários países, Portugal incluído, apelaram aos membros daquela comunidade para que boicotem o concurso.

Em junho do ano passado, diversas organizações culturais palestinianas apelaram ao boicote ao concurso, sublinhando que "o regime israelita de ocupação militar, colonialismo e apartheid está descaradamente a usar a Eurovisão como parte da sua estratégia oficial ‘Brand Israel’, que tenta mostrar ‘a face mais bonita de Israel’ para branquear e desviar a atenção dos seus crimes de guerra contra os palestinianos”.

Em setembro, mais de uma centena de artistas de todo o mundo, incluindo de Portugal, manifestaram apoio a esse apelo.

Em novembro, vários artistas portugueses apelaram, numa carta aberta dirigida à RTP, responsável pela escolha do representante nacional, ao boicote de Portugal ao Festival Eurovisão da Canção.

Também a BBC recebeu uma carta aberta na qual várias personalidades, incluindo a designer de moda Vivienne Westwood, o músico Peter Gabriel, o realizador Mike Leigh e a banda Wolf Alice, instavam a estação, responsável pela escolha do representante do Reino Unido, a pedir à organização que alterasse a localização da edição de 2019 do concurso.

Mais recentemente, em março deste ano, o músico britânico Roger Waters, um dos fundadores dos Pink Floyd, dirigiu uma carta aberta a Conan Osiris, e aos outros finalistas, na qual revelava que tinha escrito “há alguns dias”, uma carta particular ao “jovem e talentoso cantor português”.

Roger Waters considera que, entre os finalistas da Eurovisão, o representante português é aquele que tem “amor suficiente no coração para se erguer e fazer a diferença”, ao “defender o lado certo da história”, bastando-lhe, para isso, “fazer a coisa certa” e ser "o tal".

Até hoje, Conan Osiris não respondeu ao apelo de Roger Waters. Numa entrevista a um canal de televisão israelita, quando questionado sobre se era verdade que Roger Waters lhe tinha enviado uma carta Conan Osiris respondeu: “Bem, é o que se vê”. De acordo com o regulamento do concurso, os concorrentes não podem tomar posições políticas, correndo o risco de serem desclassificados.

Antes de Roger Waters, no início de março, já o Comité de Solidariedade com a Palestina, o SOS Racismo e as Panteras Rosa tinham apelado a Conan Osiris para não ir a Telavive representar Portugal, em solidariedade com artistas palestinianos.

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