Marcelo Rebelo de Sousa respondeu assim aos jornalistas que o questionaram sobre as audiências de hoje a representantes de comunidades religiosas contra a eutanásia e aos grão-mestres da Grande Loja Regular de Portugal e da Grande Loja Feminina de Portugal.

"Vou continuando a receber quem me pediu para ser recebido", declarou, à saída de uma iniciativa na Fundação Champalimaud, em Lisboa. "Para já, não tenho que ter opinião. Eu vou ouvindo, ouvindo, ouvindo", acrescentou.

Interrogado se as entidades que tem recebido podem influenciar uma decisão sua de promulgação ou veto, caso o parlamento aprove um diploma sobre esta matéria, o chefe de Estado repetiu: "Vou ouvindo. Tenho vindo a ouvir, desde os autores da primeira iniciativa, ao longo de meses, tenho ouvido quem quer falar comigo".

"Só terei opinião se, porventura, um decreto chegar às minhas mãos. Aí, eu pronuncio-me. Eu não vou mudar a minha posição, que é de não me pronunciar até ao termo do processo", reiterou.

O Presidente da República foi também questionado sobre as declarações de Ana Gomes hoje à TSF sobre a transferência para a justiça angolana do processo que envolve o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente, que a eurodeputada do PS alegou ser uma "decisão fabricada à medida", com "pressão do poder político".

Marcelo Rebelo de Sousa não quis fazer qualquer comentário sobre esta alegação, nem sobre a afirmação de Ana Gomes de que "Portugal continua a ser uma lavandaria de Angola, num esquema de branqueamento de capitais".

"Eu nunca comento opiniões de líderes políticos, de deputados, de atores políticos ou protagonistas políticos, nunca comento", justificou.

Antes, na Fundação Champalimaud, o Presidente da República assistiu a uma cerimónia de entrega de prémios da edição de 2018 do concurso "Nós Reciclamos", uma iniciativa da Polícia de Segurança Pública (PSP), em parceria com a Fundação Joana de Vasconcelos e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com o seu alto patrocínio.

Nesta quarta edição, escolas do primeiro e do segundo ciclos, associações e lares de idosos e instituições de ensino especial de Lisboa foram desafiadas a construir um "boné de polícia" inspirando-se nos diversos modelos criados ao longo de 150 anos de existência da PSP ou projetando um modelo futuro com material reciclável.

Durante cerca de duas horas, os prémios foram entregues, numa cerimónia que contou com atuações musicais do grupo de percussão "Latomania", constituído por jovens do Centro Social e Comunitário do Bairro da Flamenga, ao qual Marcelo Rebelo de Sousa se juntou por momentos, de um grupo coral de cante alentejano e da banda da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) de Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou esta iniciativa e, no final, disse aos jornalistas que "também se recicla no Palácio de Belém, tem de ser", para "contribuir para o futuro".

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