A Operação Vórtex, que levou à detenção e prisão preventiva do antigo presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, tem feito correr muita tinta nas últimas semanas e esta terça-feira o Jornal de Notícias revela mais informações sobre este caso de corrupção. De acordo com o diário, Miguel Reis estaria preparado para vender ao empresário Francisco Pessegueiro, também ele detido, terrenos municipais que garantiria 100 mil euros ao agora ex-autarca.
"De acordo com informações recolhidas pelo JN, Francisco Pessegueiro tinha um projeto de construção de um hotel na cidade de Espinho. O local escolhido era privilegiado, por estar em frente ao mar. O quarteirão abrangido, situado entre as ruas 33, 4 e 2, é propriedade do Município, mas isso não seria obstáculo a que o negócio fosse avante. A investigação da Polícia Judiciária (PJ) e do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto acredita que o empresário teve uma reunião com o então autarca Miguel Reis para acertar o negócio. O encontro teve lugar no final do último mês de setembro, no café "20 Intensus", onde Pessegueiro e o então presidente de Câmara já se tinham reunido", lê-se no jornal.
Escreve o diário também que, e de acordo com a investigação da Operação Vórtex, Miguel Reis tudo tentou fazer para que estes terrenos fossem então vendidos à construtora Pessegueiro, a troco dos tais 100 mil euros, algo que terá sido intercetado nas escutas da Polícia Judiciária.
Este terrenos, contudo, não terão sido os únicos falados entre o ex-autarca e o empresário. "Na mesma reunião, Pessegueiro também terá abordado a aquisição de outros terrenos públicos, como o parque de campismo e propriedades conhecidas como "Fábrica Amarela Alta". Em relação a estes negócios, Miguel Reis também terá prometido, enquanto líder da autarquia, total disponibilidade", lê-se.
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