Weiner, de 53 anos, baixou a cabeça, tapou a cara com as mãos e chorou quando a sentença foi lida pela juíza Denise Cote, juntamente com a indicação de que deverá entregar-se às autoridades prisionais até 06 de novembro.
A sentença hoje proferida concluiu o processo de queda do democrata de Nova Iorque, cuja inclinação para trocar mensagens e fotos lascivas com adolescentes ‘online’ destruiu a sua carreira no Congresso em 2011, condenou a sua candidatura a ‘mayor’ de Nova Iorque em 2013, deu cabo do seu casamento com Huma Abedin, a principal conselheira de Hillary Clinton, e se emaranhou na campanha presidencial de 2016.
“Eu tenho uma doença, mas não tenho uma desculpa”, admitiu Weiner em maio, ao declarar-se culpado de enviar material obsceno a uma menor, um crime punível com até dez anos de prisão, pelo seu contacto ilícito com uma adolescente da Carolina do Norte.
Weiner tentou ser poupado à prisão, dizendo hoje à juíza que era “um homem muito doente há muito tempo” e chorando enquanto lia a declaração escrita numa folha de papel e classificava o seu crime como “o fundo do poço”.
A acusação disse que ele enviara imagens pornográficas à menor e a convencera a tirar a roupa e a masturbar-se no Skype, tendo a procuradora-adjunta do ministério público Amanda Kramer instado hoje a juíza a impor a Weiner uma pena de prisão significativa, para pôr fim ao seu “trágico ciclo” de ‘sexting’.
O FBI (polícia federal norte-americana) estava a investigar os contactos de Weiner com a aluna do ensino secundário quando encontrou, no seu computador, ‘e-mails’ entre Abedin e Hillary, instando o então diretor do FBI, James Comey, a anunciar em finais de outubro de 2016 que ia reabrir a investigação ao uso de um servidor privado por parte de Hillary enquanto secretária de Estado, no primeiro mandato presidencial de Barack Obama.
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