Medvedev desertou do grupo Wagner em dezembro do ano e fugiu na semana passada para a Noruega, tudo por ter medo de morrer. Foi o próprio que o confessou numa entrevista ao The Guardian.

O russo era um comandante do grupo, mas diz que decidiu abandonar o mesmo depois de ter visto o assassinato de vários membros por alegadamente desobedecerem a ordens superiores. "Os comandantes levavam-nos para um campo de tiro e alvejavam em frente de todos. Às vezes um tipo era alvejado, outras vezes eram alvejados aos pares", confessou Medvedev ao jornal britânico.

O russo salienta também que assinou um contrato com o grupo Wagner, que tinha um prazo final, mas que era consecutivamente prolongado sem o seu consentimento. Ele era responsável também por grupos de prisioneiros recrutados na Rússia para lutarem na Ucrânia e salientou que poucos sobreviveram.

"Esses prisioneiros eram utilizados como carne para canhão. Foi-me dado um grupo de condenados. No meu pelotão, apenas três em cada 30 homens sobreviveram", confessou Medvedev, que se diz preparado também para revelar todos os segredos sobre este grupo.