
O ex-ministro Álvaro Leyva, que foi um dos aliados políticos mais próximos de Gustavo Petro, relatou numa carta publicada na rede X uma viagem a Paris com fins diplomáticos com o Presidente, criticado pela sua política antidrogas e pelo aumento da produção de cocaína no país durante seu mandato.
Segundo ele, o presidente desapareceu na capital francesa durante dois dias durante aquela visita oficial à França, que ocorreu em outubro de 2023.
"Foi em Paris que pude confirmar que tem um problema de dependência de drogas", afirmou na sua carta.
Foram "momentos constrangedores para mim como pessoa e como Ministro. E ainda mais quando descobri onde esteve", acrescentou, sem dar detalhes específicos.
Gustavo Petro respondeu na sua conta no X: "Paris não tem parques, museus, livrarias, mais interessantes do que o autor (da carta), para passar dois dias? Quase tudo em Paris é mais interessante", disse ele.
Leyva fez vários ataques a Gustavo Petro nas redes sociais desde que teve que deixar o cargo, em fevereiro de 2024. Em abril, deu a entender no X que "a pessoa que lidera o topo do Estado" é viciada em narcóticos, mas sem mencionar Gustavo Petro pelo nome.
O Presidente afirmou na época que seu único "vício" era o café.
Os frequentes atrasos inexplicáveis do Presidente em eventos às vezes são associados a uma suposta dependência. Numa ocasião, quando era candidato, Gustavo Petro pediu desculpa por comparecer num evento público embriagado.
Leyva também observou que um "colaborador muito próximo" de Gustavo Petro usa cocaína. As declarações foram interpretadas como mensagens contra Armando Benedetti, braço direito do presidente e atual ministro do Interior.
Armando Benedetti admitiu recentemente que teve que passar por um tratamento para curar a sua dependência de drogas.
Gustavo Petro já minimizou os efeitos da cocaína e afirma que o whiskey "mata mais" pessoas. Não descarta a legalização da droga e defende uma mudança de postura no combate ao tráfico.
Sob o seu governo, a Colômbia quebrou o seu próprio recorde de produção de cocaína e hectares de cultivo de drogas em 2023.
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