Claudine Gay renunciou ao cargo após ser alvo de ataques e acusações de plágio e depois da sua resposta a manifestações pró-palestinianas no campus, no contexto do conflito entre Israel e o Hamas.

“Aqueles que fizeram uma campanha implacável pela minha destituição muitas vezes avançaram mentiras e insultos ad hominem, e não argumentos fundamentados”, escreveu Claudine no "The New York Times". “Reciclaram velhos estereótipos raciais sobre o talento e o temperamento negros e promoveram uma narrativa falsa de indiferença e incompetência", apontou.

Claudine tinha vindo a ser criticada nos últimos meses, após acusações de que não citava adequadamente as referências dos seus trabalhos académicos. A presidente também se viu envolvida em polémicas ao recusar-se a dizer de forma inequívoca se pedir o genocídio dos judeus violava o código de conduta de Harvard, durante uma audiência no Congresso ao lado dos reitores do MIT e da Universidade da Pensilvânia, no mês passado.

A mulher de 53 anos, que fez história como primeira pessoa negra a liderar a poderosa universidade, localizada em Cambridge, Massachusetts, afirmou na sua carta de renúncia que foi vítima de ataques pessoais e racismo.

Apesar do apoio inicial da Corporação Harvard, que administra a universidade, a queda da presidente ocorreu após o desastre que significou para as relações públicas da instituição o seu depoimento perante o Congresso.