Segundo o Correio da Manhã, a ex-presidente do Sindicato dos Funcionários Administrativos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Manuela Niza Ribeiro, foi alvo de buscas pelo Ministério Público.
O diário adianta que as buscas a Niza Ribeiro se devem à investigação aberta em 2021 devido à suspeita de ter prestado assessoria à empresa de aviação portuguesa Omni sem autorização prévia por parte das estruturas superiores do SEF.
Fonte do SEF indicou à Lusa que um procurador e dois elementos da Polícia Judiciária se deslocaram hoje de manhã às instalações da direção regional do Norte do SEF para falar com Manuela Niza Ribeiro, que entretanto saiu das instalações com o magistrado.
Outra fonte policial confirmou a realização de buscas, que foi avançada pelo Correio da Manhã, e disse não haver detenções, mas escusou-se a precisar as razões das diligências.
O SEF acrescentou também que desconhece as razões das buscas e esclareceu que está disponível para colaborar com a justiça no que for necessário.
Manuela Niza Ribeiro tem um processo disciplinar aberto pelo SEF relacionado com o trabalho que estava a efetuar em simultâneo com a empresa de aviação Omni, que entretanto foi comunicado ao Ministério Público.
A Omni esteve envolvida no caso do jato apreendido em fevereiro de 2021 no decurso de uma investigação a tráfico de droga, quando o avião Dassault Falcon 900 aterrou no aeroporto internacional de Salvador para abastecimento e, após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 quilogramas de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
A partir da apreensão, a Polícia Federal brasileira conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa que atuava nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar a carga), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
(Notícia atualizada às 14h15)
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