A antiga primeira-ministra escocesa já saiu em liberdade, depois de ser detida, este domingo, no âmbito de uma investigação às finanças do partido que liderou, o Partido Nacional Escocês, reportou a RTP e a SIC Notícias.

Nicola Sturgeon foi interrogada pelas autoridades policiais e, de acordo com a BBC, saiu em liberdade sem acusação, aguardando novas investigações.

O anúncio da detenção foi publicado pela Polícia Nacional Escocesa na rede social Twitter, referindo que "uma mulher de 52 anos foi presa hoje, domingo, 11 de junho de 2023, como suspeita de envolvimento na investigação em curso sobre o financiamento e as finanças do Partido Nacional Escocês".

O marido de Nicola Sturgeon, Peter Murrell, é o ex-diretor executivo do Partido Nacional Escocês e foi anteriormente preso como parte da investigação juntamente com o ex-tesoureiro Colin Beattie. Ambos os homens foram posteriormente libertados sem acusações que aguardam investigações em curso.

Sturgeon, que renunciou ao cargo de primeira-ministra e líder do SNP no início de abril deste ano, é assim, segundo as notícias de hoje, a terceira pessoa a ser detida no âmbito da Operação Branchform, lançada pela polícia escocesa em 2021.

A investigação está relacionada com a utilização indevida de cerca de 600.000 libras de doações de apoiantes do partido.

As finanças do SNP têm sido objecto de suspeitas nos últimos anos, principalmente devido a queixas apresentadas em 2021 relativamente a donativos.

Em particular, surgiram questões sobre os fundos que o partido recebeu para uma potencial nova campanha de um referendo pró-independência.

Sturgeon, que em nenhum momento atribuiu a sua demissão no final de março – após nove anos no cargo -, a estas suspeitas, sempre defendeu a transparência das contas e os fundos angariados para a hipotética consulta – cerca de 667 mil libras (cerca de 761 mil euros ao câmbio actual) só entre 2017 e 2020.

*Com Lusa 

(Artigo atualizado às 19h09)