Nawaz Sharif e a sua filha foram presos a 13 de julho após serem sentenciados a dez e sete anos de prisão, respetivamente, por um tribunal anticorrupção devido a imóveis comprados no Reino Unido através de ‘off-shore’.
O ministro interino do Interior da província do Punjab, Shaukat Javed, disse à televisão estatal do Paquistão que os médicos recomendaram a transferência de Sharif para o hospital, já que o eletrocardiograma havia mostrado "variações".
“A duração da sua permanência no hospital dependerá dos médicos", disse o ministro, acrescentando que o ex-primeiro-ministro, demitido em julho de 2017, foi transferido para o Instituto de Ciências Médicas em Islamabad.
Nawaz Sharif, que alega ser o alvo do poderoso serviço de segurança do país, também está a lutar pela sua sobrevivência política após a derrota do seu partido (a Liga Muçulmana do Paquistão/PML-N) nas eleições legislativas de 25 de julho frente ao Tehreek-e-Insaf (PTI), do ex-jogador de críquete Imran Khan.
O irmão de Nawaz Sharif, Shahbaz Sharif, que agora dirige o PML-N, rejeitou o resultado da eleição de quarta-feira e pede, como outros partidos, uma nova votação devido a acusações de fraude eleitoral.
Espera-se que Shahbaz Sharif anuncie hoje se o PML-N, que terminou em segundo lugar nas eleições, irá juntar-se ao movimento de protesto com outros 10 partidos.
O partido de Imran Khan, cuja vitória pôs fim a décadas de alternância entre o PML-N e o Partido Popular Paquistanês (PPP), da dinastia Bhutto, intercalados com períodos de regime militar, é acusado de beneficiar-se de um forte apoio dos militares.
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