"Vamos começar hoje com a componente clínica, depois de termos estado a trabalhar nas duas últimas semanas, com toda a equipa técnica, para rever todos os parâmetros da máquina", explicou Luís Metelo, em declarações à Lusa.
A unidade de Medicina Nuclear no Hospital de Santo Espírito, em Angra do Heroísmo, na Terceira, é a única na Região Autónoma dos Açores. Foi inaugurada em 2015 e começou a operar um ano depois, mas os exames foram suspensos em janeiro último pela Direção-Geral da Saúde, devido à ausência de uma conduta, obrigatória por lei.
O presidente da Isopor-Azores, a empresa que assegura os tratamentos em Medicina Nuclear no arquipélago, não compreende que as autoridades tenham levado tanto tempo para resolver o problema.
"É evidente que houve má vontade. Isso é de tal forma evidente que seria ridículo, da minha parte, negá-lo", apontou Luís Metelo, acrescentando que o que está em causa não são as exigências da lei, mais sim a demora na correção do problema que, no seu entender, deveria ter sido "mais eficaz, mais competente e em tempo útil".
A aguardar por exames em Medicina Nuclear estão, atualmente, cerca de 50 pacientes açorianos, que vão agora poder iniciar os seus tratamentos.
Luís Metelo lamentou, porém, que os atrasos que se têm verificado nos voos inter-ilhas da transportadora aérea SATA e a ameaça de greve do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil para a companhia açoriana estejam a provocar constrangimentos no arranque dos exames.
"Estamos bastante preocupados com isso, porque há uma série de exames que tiveram de ser remarcados", adiantou o presidente da Isopor-Azores, referindo que o problema coloca-se em relação aos pacientes que residem fora da ilha Terceira.
Em julho, a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo manifestou indignação por "continuar a não existir" serviço de Medicina Nuclear na ilha Terceira, tendo a Secretaria Regional da Saúde informado na ocasião que o problema estava em vias de resolução.
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