“Soldados do Exército de Libertação Popular (ELP) ajudaram os habitantes a limpar as ruas e foram aplaudidos pelos moradores”, indicaram os militares na rede social Weibo.

Numa rara saída da sua caserna em Hong Kong, os soldados chineses participaram na limpeza das ruas após uma semana de caos no território. A operação durou menos de uma hora e os militares regressaram depois às suas instalações.

Hong Kong é uma ex-colónia britânica entregue à China em 1997. Nesta data, o ELP estabeleceu uma guarnição no território autónomo, mas os militares permanecem discretos e raramente são vistos nas ruas.

Hong Kong vive desde junho a sua pior crise política desde 1997.

A mobilização pró-democracia começou em junho com a rejeição a um projeto de lei que autorizaria extradições para a China continental, onde a justiça está sob a influência do Partido Comunista.

O texto foi retirado em setembro, mas os manifestantes ampliaram suas reivindicações, que incluem o sufrágio universal para a escolha do chefe do Executivo de Hong Kong.

O governo central em Pequim e o Ministério da Defesa chinesa lembraram diversas vezes que o ELP tem o direito de intervir em Hong Kong para restabelecer a ordem.

População mostra apoio à polícia

Quase 500 pessoas participaram numa manifestação de apoio à polícia em Hong Kong este sábado, após uma semana de violência na qual os ativistas pró-democracia paralisaram o território chinês semiautónomo.

Os manifestantes reuniram-se à frente da sede do governo com bandeiras da China e de Hong Kong. Além disso, fizeram ainda várias fotografias com os polícias.

O território do sul da China, que tem um sistema judicial independente e liberdade de expressão, vive desde junho sua crise política mais grave desde a devolução pelo Reino Unido em 1997.

A tensão aumentou durante a semana com a nova estratégia dos manifestantes, que inclui ações simultâneas em vários lugares, o que provocou a paralisação quase total do metro e o encrramento de escolas e centros comerciais.

A crise também atingiu várias universidades de Hong Kong, onde os estudantes e outros manifestantes com os rostos cobertos ocuparam os campus. Alguns começaram a treinar o lançamento de coquetéis molotov e de arco e flecha.

O número de manifestantes radicais começou a diminuir na sexta-feira, como por exemplo na Universidade Chinesa de Hong Kong, onde foram registados confrontos violentos na última semana entre ativistas e polícias.

A semana foi marcada pela morte de um homem de 70 anos, atingido por um tijolo na cabeça quando tentava desmontar algumas barricadas dos manifestantes, informou a polícia.

Dois estudantes alemães, de 22 e 23 anos, também foram detidos na quinta-feira por participação em "reunião ilegal".

A mobilização pró-democracia começou em junho com a rejeição a um projeto de lei que autorizaria extradições para a China continental, onde a justiça está sob a influência do Partido Comunista.

O texto foi retirado em setembro, mas os manifestantes ampliaram suas reivindicações, que incluem o sufrágio universal para a escolha do chefe do Executivo de Hong Kong.

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