“As Forças Armadas conseguiram recuperar hoje a transmissão da televisão nacional, após constantes tentativas das milícias de destruir as infraestruturas”, anunciou em comunicado o exército.

Segundo o comunicado, as RSF tencionavam utilizar o sinal público para “emitir um comunicado”, mas os funcionários do edifício cortaram todas as transmissões para o impedir, de acordo com a imprensa local.

A meio da tarde de hoje (mais uma hora do que em Lisboa), a Sudan Public Broadcasting Corporation retomou as transmissões, relatando os confrontos que estão a ter lugar pelo terceiro dia consecutivo no Sudão.

Os intensos confrontos que começaram na manhã de sábado ocorrem dias depois de o Exército ter advertido que o país atravessa uma “conjuntura perigosa” que poderia levar a um conflito armado, na sequência do destacamento de unidades das RSF na capital sudanesa e noutras cidades, sem o consentimento ou a coordenação das Forças Armadas.

Pelo menos 97 civis foram mortos e 942 ficaram feridos desde o início dos combates entre o exército sudanês e grupos paramilitares, avançou hoje o sindicato oficial de médicos.

No comunicado de hoje, o exército também disse que utilizará a televisão pública para “comunicar com as massas populares, em todo o mundo, e para reforçar as pontes de comunicação e informar sobre as façanhas e sacrifícios dos soldados em todas as partes da amada pátria”.

Além da sede da Sudan Public Broadcasting Corporation, outros dos mais importantes pontos onde se registaram combates desde a manhã de sábado são o Palácio Presidencial e o aeroporto internacional de Cartum, todos agora nas mãos das forças armadas.